Descrição de chapéu Folhajus

Justiça nega exumação de Gal Costa e encaminha caso para investigação da polícia

OUTRO LADO: Procurada, a advogada da viúva, Wilma Petrillo, não respondeu; a defesa do filho, Gabriel Costa, vai recorrer

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São Paulo

A Justiça de São Paulo negou o pedido de exumação do corpo de Gal Costa, que havia sido aberto pelo filho da cantora morta em novembro de 2022, Gabriel Penna Burgos Costa. Responsável pelo requerimento, a Vara de Registros Públicos decidiu que não é de sua competência julgar o caso.

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A cantora Gal Costa, em foto de 2019 - Lucas Seixas/Folhapress

Em teoria, a Vara tem entre as suas atribuições decidir sobre a exumação de pessoas sepultadas em São Paulo, mas apontou que o caso extrapola sua alçada pelo fato de o sepultamento ter ocorrido há menos de três anos e por ser determinante para prova num processo criminal, movido por Gabriel contra a viúva de Gal, Wilma Petrillo.

A juíza, porém, pediu que o processo seja encaminhado, em caráter de urgência, para a autoridade policial para apuração e investigação de possível crime que teria sido cometido por ela. O caso deve ficar na Central de Inquéritos Policiais e Processos.

Procurada, a advogada da viúva não respondeu às tentativas de contato da reportagem. Já a defesa de Burgos e diz que vai recorrer da decisão judicial que não deferiu o traslado do corpo de Gal ao Rio, e "saúda a decisão", pois a família e os fãs de Gal "têm o direito de saber a verdade dos fatos".

"Cabe lembrar que o Samu já emitiu nota dizendo que não atestou a causa da morte, cabendo à médica que assina o óbito esclarecer as circunstâncias. Cabe, ainda, esclarecer por que o corpo não se submeteu ao exame de autópsia. Outro fato que caberá à autoridade policial investigar são as razões pela qual Wilma Petrillo segregou o corpo de Gal Costa em cemitério na capital paulista", afirma ainda por meio de nota.

Gabriel contesta o atestado de óbito da mãe, que determina como causa da morte um infarto agudo do miocárdio, bem como uma neoplasia maligna de cabeça e pescoço, em referência ao câncer que Gal enfrentava. Atualmente, ele tenta na Justiça obter autorização para a realização de uma autópsia.

Seu advogado diz que no momento da morte não havia médico presente para atestar o motivo do óbito e que, portanto, ela teria tido "morte natural por causa desconhecida". Alega ainda que Petrillo, que também é madrinha de Gabriel, proibiu qualquer autópsia ao receber o Samu no local da morte. Ela nega e diz não se arrepender de não ter solicitado autópsia no corpo.

Há dois meses, Gabriel entrou na Justiça pedindo ainda a anulação do reconhecimento da união estável que Wilma tinha com Gal. Ele questiona, assim, a fração da herança reivindicada pela viúva, que acredita que o rapaz está sendo manipulado por sua namorada e diz que Gabriel não é a pessoa certa para saber sobre o relacionamento das duas.

Filho e viúva protagonizam ainda uma batalha de versões que envolve a herança da cantora, bem como o local de sepultamento de seu corpo. Para ele, Gal queria ser sepultada no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, onde está sua mãe. Atualmente, seu corpo está no Cemitério da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, em São Paulo, e Petrillo nega a narrativa. Petrillo nega que este seria o desejo de Gal.

Wilma Petrillo e Gabriel Costa Penna Burgos
Wilma Petrillo e Gabriel Costa Penna Burgos - Divulgação
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