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Fim das Olimpíadas tem Billie Eilish e Tom Cruise em missão a Los Angeles

Na cerimônia de encerramento, astro de Hollywood faz entrada triunfal à lá "Missão: Impossível" em aceno aos próximos Jogos

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São Paulo

Tom Cruise foi quem recebeu a missão levar a bandeira das Olimpíadas a Los Angeles, próxima cidade a sediar os Jogos Olímpicos. Em cenas gravadas exibidas na cerimônia de encerramento do evento sediado em Paris, o ator aparece correndo de moto pela capital do cinema nos Estados Unidos.

A bandeira foi recebida por shows da banda Red Hot Chili Peppers, da cantora Billie Eilish e do rapper Snoop Dogg, que a balançou contra o vento da praia californiana Venice Beach.

Tom Cruise na cerimônia final das Olimpíadas de Paris
Tom Cruise na cerimônia final das Olimpíadas de Paris - Fabrizio Bensch/Pool/Reuters

Mas Tom Cruise esteve ao vivo em Paris também, claro. Numa entrada triunfal à lá "Missão Impossível", a estrela de Hollywood, famosa por dispensar dublês, pulou do topo do estádio Stade de France, onde ocorria o evento. Ali, aos olhos de 70 mil pessoas, cumprimentou e tirou selfies com os atletas celebrados naquela noite.

Foi o "gran finale" de um espetáculo que começou ainda com o céu de Paris iluminado, com a cantora Zaho de Sagazan cantando um dos hinos da cidade —"Sous le Ciel de Paris", de Edith Piaf. Ali, no Jardins das Tulherias, a chama da pira olímpica despediu-se da capital francesa, e daqui quatro anos migra para a capital do cinema, Los Angeles.

Ela caminhou então para o Stade de France, onde a orquestra Divertimento, recentemente retratada nos cinemas, num filme sobre sua história, obedecia à batuta de Zahia Ziouani. Ecoava ali um sentimento de união que a última Olimpíada de Tóquio não pudera transmitir, na ressaca da pandemia de coronavírus, há três anos.

Nos telões, foram exibidas cenas da cerimônia de abertura, com uma notável ausência da cena polêmica, numa paródia da "Última Ceia" com artistas trans e drag queens. Pareceu um esquecimento proposital, a fim de acobertar aquilo que incomodara tantos grupos conservadores, num período de nervosismo político em meio à ascensão da ultradireita por todo o continente europeu.

A cerimônia seguiu numa reverência ao passado, e a origem dos Jogos. Para isso, levou o Viajante Dourado, uma figura mítica de armadura, pendurada por cabos, até o chão do estádio, onde, vagando com movimentos esguios, ela se depara com outros personagens de branco, como num encontro com as origens gregas.

Dali surge também uma reprodução da "Vitória de Samotrácia", representação da deusa Nice, personificação da força e do ímpeto. Se Paris não consegue levar as Olimpíadas para o Louvre, ela traz o museu para o Stade de France.

Aros dourados gigantescos rolam lentamente pelo palco construído no estádio. São escalados, cutucados e investigados pelas dezenas de acrobatas em trajes brancos como o das estátuas greco-romanas, quase como se extraterrestres estivessem descobrindo aquilo que há de mais terreno.

Após um empurrão conjunto dos seres no chão, os anéis são erguidos ao céu, e se juntam. Unidos, mostram a imponência do símbolo maior das Olimpíadas, criado não por coincidência pelo historiador francês Pierre de Coubertin, há mais de cem anos. Foi um encontro de futuro e passado.

Fogos de artifício introduzem uma colagem das cenas mais memoráveis dos Jogos, entre elas o voo do surfista Gabriel Medina, com o punho em riste, saído do mar, momento que deu num dos registros fotográficos mais comentados do ano. Depois há ainda nossa ginasta Rebeca Andrade, no topo do pódio, saudada de joelhos pelas rivais americanas, imagem que deve ficar gravada na mente de tantos.

Depois de uma cerimônia de abertura tão tipicamente francesa, o espetáculo se rendeu a um tom mais global, com a banda francesa Phoenix comandando o show que fez a passagem para Los Angeles, antes de H.E.R. surgir, imponente, para cantar o hino dos Estados Unidos, e da francesa Yseult encerra com "My Way", outro hino, este de Frank Sinatra.

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