Descrição de chapéu Televisão drogas

Matthew Perry gastou R$ 300 mil em drogas no mês anterior à sua morte

Assistente pessoal, dois médicos e outras duas pessoas foram acusados de fornecer a cetamina que causou a morte do ator

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Los Angeles e São Paulo | The New York Times

Matthew Perry e seu assistente Kenny Iwamasa gastaram cerca de US$ 55.000, cerca de R$ 300 mil, em drogas no mês anterior à morte do ator. É o que mostra uma série de documentos incluídos no caso que investiga a morte do astro de "Friends", obtidos pela publicação americana Us Weekly e pelo New York Times.

O assistente pessoal de Perry, dois médicos e outras duas pessoas foram indiciados e acusados de fornecer a cetamina que causou a morte do ator, em outubro, disseram autoridades americanas na semana passada.

Matthew Perry, homem branco de barba e cabelos grisalhos, olha para a câmera. Ele veste jaqueta de couro preta e suéter cinza. Ao fundo, vegetação
Matthew Perry em 2022, ano em que lançou uma autobiografia sobre suas lutas contra o vício - Michelle Groskopf/The New York Times

Em documentos apresentados no tribunal federal na Califórnia, os promotores disseram que o assistente de Perry e um conhecido trabalharam com dois médicos, Mark Chavez e Salvador Plasencia, e um traficante de drogas para obter milhares de dólares em cetamina para Perry, que há muito lutava contra o abuso de substâncias e o vício, nas semanas que antecederam sua morte.

"Eu me pergunto quanto esse idiota vai pagar", Plasencia disse em uma mensagem de texto a Chavez, que respondeu, "Vamos descobrir". Chavez concordou em se declarar culpado de uma acusação de conspiração para distribuir cetamina.

No dia em que Matthew Perry morreu, seu assistente pessoal lhe deu sua primeira injeção de cetamina da manhã por volta das 8h30. Cerca de quatro horas depois, enquanto Perry assistia a um filme em sua casa em Los Angeles, o assistente lhe deu outra dose.

Demorou apenas cerca de 40 minutos para que Perry quisesse mais uma injeção, contou o assistente, Kenneth Iwamasa, em um acordo de confissão que ele assinou. "Me injete uma bem grande", Perry disse a Iwamasa, segundo o documento, e pediu para preparar a banheira de hidromassagem.

Então Iwamasa encheu uma seringa com cetamina, deu a seu chefe uma terceira injeção e saiu para fazer algumas tarefas, de acordo com documentos judiciais. Quando ele voltou, encontrou Perry de bruços na água. Ele estava morto.

Como assistente pessoal de Perry, Iwamasa era responsável por coordenar suas consultas médicas e garantir que ele tomasse a medicação adequada.

"Esses réus aproveitaram-se dos problemas de vício de Perry para enriquecerem", disse Martin Estrada, o procurador americano para o Distrito Central da Califórnia, em uma coletiva de imprensa na quinta-feira em Los Angeles.

A cetamina é um forte anestésico com propriedades psicodélicas. Às vezes, é usada como terapia alternativa para depressão, ansiedade e outros problemas de saúde mental, porém também é usada de forma recreativa.

Perry morreu em outubro do ano passado, em Los Angeles, no Estados Unidos, aos 54 anos. Inicialmente a causa da morte foi dada como afogamento, segundo fontes da polícia americana ouvidas pelo portal TMZ.

"Friends", série em que ele atuou como um dos protagonistas, foi seu maior sucesso. Seu currículo tem ainda os filmes "Meu Vizinho Mafioso" e "E Agora, Meu Amor?". Perry colecionou papéis em comédias ao longo da carreira.

No livro "Amigos, Amores e Aquela Coisa Terrível", lançado no início deste ano, o ator narra os detalhes dos problemas que teve com dependência química durante as gravações de "Friends".

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