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04/08/2010 - 08h36

Naomi Campbell será interrogada em corte que julga crimes de guerra nesta quarta

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Acostumada ao assédio de repórteres e fotógrafos nas principais semanas de moda mundiais, a modelo britânica Naomi Campbell encarará nesta quarta-feira (4) um batalhão de jornalistas que não estará tão interessado no seu modelito nem na medida da sua cintura.

Campbell será ouvida em Haia, Holanda, por um tribunal internacional que investiga crimes de guerra e contra a humanidade ocorridos em Serra Leoa, pequeno país no oeste africano.

Ela será interrogada se recebeu do ex-presidente da Libéria Charles Taylor um diamante bruto após um jantar na África do Sul organizado por Nelson Mandela, em 1997. Taylor, o réu no processo, é acusado de traficar diamantes para financiar um grupo rebelde na guerra civil em Serra Leoa (1991-2002), país vizinho da Libéria.

Segundo os promotores, a atuação de Taylor provocou uma onda de assassinatos, estupros e o recrutamento de meninos-soldados. A história deu origem ao filme "Diamantes de Sangue". Ele nega as acusações.

Lucas Jackson/Reuters
O modelo Naomi Campbell durante o desfile que promoveu para arrecadar fundos às vítimas do terremoto no Haiti
A modelo britânica Naomi Campbell, que vai depor sobre "diamantes de sangue" nesta quarta-feira

Em entrevistas, Campbell negou ter recebido o diamante, mas a atriz americana Mia Farrow, também presente no jantar em 1997, a desmentiu.

Farrow e Carole White, ex-agente de Campbell, devem ser ouvidas pela corte na segunda-feira.

A presença da modelo turbinou o julgamento, iniciado em 2008: 200 jornalistas tentaram se credenciar para assistir ao depoimento, embora só haja 76 lugares disponíveis.

Preocupados com a exposição da top, os juízes ordenaram a montagem de um esquema especial de segurança para recebê-la. A intenção é impedir que fotógrafos a flagrem ao entrar ou deixar o tribunal.

Na sala de audiência, as atenções também serão redobradas para evitar que ela seja filmada ou tenha a sua fala gravada. As câmeras do tribunal, porém, funcionarão normalmente.

O advogado da top, Gideon Benaim, diz que sua cliente "não fez nada de errado". "Ela é uma testemunha, não é o seu julgamento. Ainda que preferisse não estar implicada neste julgamento, ela quer estar presente para ajudar a corte."

Por solicitação de Campbell, o advogado poderá acompanhar o depoimento, mas a corte negou o pedido de livrá-la de qualquer autoincriminação que ela possa cometer na audiência.

 

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