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24/12/2010 - 09h32

Mostra sobre imperadores romanos abre programação do ano da Itália no Brasil

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FABIO CYPRIANO
DE SÃO PAULO

"Existe mais gente chamada Júlio César no Brasil do que na Itália", brinca o professor Guido Clemente para ressaltar a importância de "Roma no Tempo dos Imperadores", uma das principais mostras no ano da Itália no Brasil, que terá início no segundo semestre de 2011.

Clemente é professor de história romana na Universidade de Florença e fala português fluentemente, por ter sido diretor do Instituto Italiano de Cultura, em São Paulo, entre 2000 e 2005.

Segundo ele, a instituição brasileira que possui mais peças daquele período é o Museu Histórico da UFRJ, no Rio, com a coleção greco-romana da imperatriz Teresa Cristina Maria, que já chegou ao Brasil, em 1843, com algumas dessas peças.

"Roma no Tempo dos Imperadores" será exibida em outubro de 2011 na Casa Fiat de Cultura, em Nova Lima (MG), e depois no Museu de Arte de São Paulo (Masp), sendo considerado o evento oficial de abertura da programação do ano da Itália.

Divulgação
"Elmo de Gladiador", peça que será exposta na mostra
"Elmo de Gladiador", peça que será exposta na mostra "Roma no Tempo dos Imperadores", em São Paulo

CONTEXTO

A mostra, orçada em R$ 4 milhões, irá reunir 200 peças de quatro museus públicos italianos: de Nápoles, Florença, Roma e Pompeia.

"Minha preocupação é deixar claro o contexto das obras que foram escolhidas, senão ninguém entende nada", conta Clemente.

A exposição terá quatro módulos. O primeiro é "Nasce o Império: Júlio César e Augusto". "Em torno desses dois personagens vamos abordar a guerra e a religião", diz o curador.

Júlio César, que foi assassinado em 44 a. C., foi responsável pela centralização do poder romano, sendo o último ditador do período republicano. Já o primeiro imperador passa a reinar sozinho 17 anos depois, quando em 27 a. C. Otaviano recebe o título de Augustus.

O segundo módulo é "Nero, a Outra Cara do Império", que irá abordar o luxo e a luxúria de Roma, por meio de joias e pinturas renascentistas sobre aquele período.

Já no terceiro módulo, "A Vida Cotidiana no Apogeu do Império", as paredes originais de uma casa de Pompeia serão exibidas junto a máscaras usadas no teatro ou armaduras de gladiadores.

O último módulo, "Império Multicultural", irá retratar Roma como uma espécie de precursora da globalização.

"Lá viviam mais de 1 milhão de pessoas, sem contar os escravos. Tinha gente de toda parte, da África à Síria, com as diversas religiões orientais, centralizando um império de 60 milhões de pessoas", conta Clemente.

Só no Brasil, estima-se que haja 25 milhões de descendentes italianos, quase metade da população do Império Romano, de acordo com o programa do ano da Itália no Brasil, no site do Instituto Italiano de Cultura.

 

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