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Mexicanos apostam em cinema VIP no país
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ANA PAULA SOUSA
DE SÃO PAULO
Depois de cruzar tapumes e subir escadas com cimento fresco, Alejandro Ramirez, CEO da rede Cinépolis, chegou a seu primeiro empreendimento de luxo no Brasil: o cinema VIP do Shopping Iguatemi Alphaville.
Apesar de a inauguração estar prevista para hoje, tanto cinema quanto shopping eram, na tarde de anteontem, terreno em obras.
Mas a praga da última hora não inquieta o responsável pela quarta maior rede de cinemas do mundo. O que o deixa apreensivo em relação ao Brasil, a despeito do pesado investimento que tem feito no país, é o custo Big Mac.
"O Big Mac, aqui, está 40% mais caro que em Nova York. No México, o Big Mac é 30% mais barato que em Nova York. Como poderíamos cobrar o mesmo valor de ingressos aqui e lá?", pergunta.
"Um cinema como este, no México, teria custado 80% menos. E, quando calculamos o valor do ingresso, temos de levar em conta que 60% do público, aqui, paga meia."
Alessandro Shinoda/Folhapress | ||
Da esquerda para a direita, o presidente da Cinépolis do Brasil, Eduardo Acuña e o CEO da rede Cinépolis, Alejandro Ramirez em sala VIP do cinema que será inaugurado no Shopping Iguatemi Alphaville. |
E por que, então, o grupo abriu cinco complexos aqui em 2010 e deve inaugurar mais 290 salas em três anos? "Porque o brasileiro não vai mais ao cinema por falta de salas", aposta o executivo do grupo fundado em 1947 e presente em 11 países.
Ele lembra que o México, com aproximadamente metade da população do Brasil, tem duas vezes mais salas.
Enquanto os brasileiros vão 0,7 vezes por ano ao cinema, os mexicanos vão 1,8 vezes. Os norte-americanos, para se ter uma ideia, vão 4,5 vezes. Na geladíssima Islândia, o índice é de 6 vezes.
Além de irem menos ao cinema, os brasileiros comem menos nas sessões. "É cultural. Os brasileiros acham que cinema não é lugar para se comer", diz Ramirez.
"Nossas bombonieres aqui vendem metade do que vendem no México", diz Eduardo Acuña, presidente da Cinépolis no Brasil.
Uma das estratégias para incentivar o consumo de quitutes e pipocas é evitar que se formem filas à entrada da sala. É que, se vê a fila, o espectador tem a sensação de que não tem tempo de comprar algo para comer.
A comida, assim como os filmes, é adaptada aos frequentadores. Nas salas Cinépolis do largo 13 de Maio, 85% dos filmes são dublados e a bomboniere oferece hot-dog. Em Alphaville, exceção feita aos infantis, será tudo legendado, e o cardápio VIP terá bolinho de camarão.
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