Publicidade
Publicidade
Motoristas de complexo petroquímico no Rio ameaçam greve
Publicidade
LUCAS VETTORAZZO
DENISE LUNA
DO RIO
Os motoristas que fazem o transporte de engenheiros, gerentes e supervisores do Comperj (Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro), obra da Petrobras em construção no município de Itaboraí, ameaçam entrar em greve a partir da próxima quarta-feira (1º de agosto).
Funcionários da empresa Veloz Transrio, que presta o serviço para a estatal, reinvidicam reajuste de quase 70% em seus salários-base --aumento de R$ 800 para R$ 1.356. A empresa tem cerca de 200 empregados na obra.
De acordo com motoristas abordados pela Folha no entorno do Comperj, o pedido segue determinação do governo federal publicada no Diário Oficial da União em 1º de fevereiro. Na ocasião, o poder executivo teria estipulado um salário-base maior para várias categorias, inclusive a dos motoristas de locadoras de veículos.
No contrato firmado entre a Veloz e a Petrobras, ao qual a reportagem teve acesso, fica evidente que a empresa foi contratada para prestar serviço de "locação tripulada de veículos do tipo sedã, pick-up, off road e van".
AMEAÇAS
Empregados da Veloz afirmam que a empresa está ameaçando os potenciais grevistas. Segundo um motorista que preferiu não se identificar, durante a assembléia de funcionários, ocorrida no último dia 10, a Veloz enviou seguranças armados para intimidar os presentes.
Ele afirmou que a determinação federal foi levada à empresa, que até o momento nada teria feito. "Quando dissemos que iríamos cruzar os braços, eles começaram a nos ameaçar com demissões. Três colegas já perderam seus empregos. É a lei da mordaça", disse.
A reportagem passou a tarde de hoje (25) no entorno do Comperj e abordou pelo menos seis carros com o logotipo da Veloz. O clima de insegurança era evidente. O único motorista que concordou em falar, com a condição do anonimato, disse que a Petrobras estaria ciente do problema e não estaria fazendo nada.
"É estranho que a Petrobras, sendo ela uma empresa estatal, não cobre de sua contratada que ela cumpra uma determinação do governo federal", afirmou.
Na próxima terça-feira (31), haverá uma segunda assembléia sobre o assunto.
OUTRO LADO
A Veloz negou qualquer tipo de ameaça a seus funcionários. De acordo com o funcionário João Vilar, que se identificou como gerente da empresa, a companhia já levou o problema à Petrobras, e uma decisão será tomada na segunda-feira (30).
Em nota enviada por sua assessoria de imprensa, a estatal confirma o contrato com a Veloz e afirma que não tem qualquer tipo de ingerência em relação aos salários pagos aos funcionários da terceirizada.
"A Petrobras mantém contrato de prestação de serviços com a Veloz Transrio Ltda e não possui qualquer ingerência sobre os salários que a empresa Veloz paga a seus empregados, tampouco sobre a negociação de valores dos referidos salários. A Petrobras limita-se a fiscalizar o cumprimento das obrigações legais e contratuais".
+ Canais
+ Notícias em Mercado
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice