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25/07/2012 - 19h43

Motoristas de complexo petroquímico no Rio ameaçam greve

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LUCAS VETTORAZZO
DENISE LUNA
DO RIO

Os motoristas que fazem o transporte de engenheiros, gerentes e supervisores do Comperj (Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro), obra da Petrobras em construção no município de Itaboraí, ameaçam entrar em greve a partir da próxima quarta-feira (1º de agosto).

Funcionários da empresa Veloz Transrio, que presta o serviço para a estatal, reinvidicam reajuste de quase 70% em seus salários-base --aumento de R$ 800 para R$ 1.356. A empresa tem cerca de 200 empregados na obra.

De acordo com motoristas abordados pela Folha no entorno do Comperj, o pedido segue determinação do governo federal publicada no Diário Oficial da União em 1º de fevereiro. Na ocasião, o poder executivo teria estipulado um salário-base maior para várias categorias, inclusive a dos motoristas de locadoras de veículos.

No contrato firmado entre a Veloz e a Petrobras, ao qual a reportagem teve acesso, fica evidente que a empresa foi contratada para prestar serviço de "locação tripulada de veículos do tipo sedã, pick-up, off road e van".

AMEAÇAS

Empregados da Veloz afirmam que a empresa está ameaçando os potenciais grevistas. Segundo um motorista que preferiu não se identificar, durante a assembléia de funcionários, ocorrida no último dia 10, a Veloz enviou seguranças armados para intimidar os presentes.

Ele afirmou que a determinação federal foi levada à empresa, que até o momento nada teria feito. "Quando dissemos que iríamos cruzar os braços, eles começaram a nos ameaçar com demissões. Três colegas já perderam seus empregos. É a lei da mordaça", disse.

A reportagem passou a tarde de hoje (25) no entorno do Comperj e abordou pelo menos seis carros com o logotipo da Veloz. O clima de insegurança era evidente. O único motorista que concordou em falar, com a condição do anonimato, disse que a Petrobras estaria ciente do problema e não estaria fazendo nada.

"É estranho que a Petrobras, sendo ela uma empresa estatal, não cobre de sua contratada que ela cumpra uma determinação do governo federal", afirmou.

Na próxima terça-feira (31), haverá uma segunda assembléia sobre o assunto.

OUTRO LADO

A Veloz negou qualquer tipo de ameaça a seus funcionários. De acordo com o funcionário João Vilar, que se identificou como gerente da empresa, a companhia já levou o problema à Petrobras, e uma decisão será tomada na segunda-feira (30).

Em nota enviada por sua assessoria de imprensa, a estatal confirma o contrato com a Veloz e afirma que não tem qualquer tipo de ingerência em relação aos salários pagos aos funcionários da terceirizada.

"A Petrobras mantém contrato de prestação de serviços com a Veloz Transrio Ltda e não possui qualquer ingerência sobre os salários que a empresa Veloz paga a seus empregados, tampouco sobre a negociação de valores dos referidos salários. A Petrobras limita-se a fiscalizar o cumprimento das obrigações legais e contratuais".

 

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