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Grandes jornais americanos dão sinais de melhora financeira
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DE NOVA YORK
Nos últimos seis meses, as ações de algumas das maiores editoras de jornais dos EUA subiram acima de 20%, demonstrando otimismo com o novo modelo de negócios de algumas publicações.
As ações do New York Times Company subiram 37%, as da Gannett (que edita treze jornais, entre eles o "USA Today"), 34%. A McClatchy, que edita 30 diários, entre eles, o "Miami Herald", viu suas ações se valorizarem em 24% nesse período.
Os lucros da divisão de jornais da Hearst aumentaram em 25%, o melhor número desde 2007.
O "New York Times" já alcançou quase 600 mil assinantes digitais, que aceitaram pagar pelo conteúdo que têm acesso na internet, nos smartphones e nos tablets.
A renda obtida com a circulação aumentou em US$ 55 milhões nos primeiros nove meses do ano, chegando a US$ 695 milhões.
Novos investidores também aninam a indústria. Em maio, o fundo Berkshire Hathaway, do megainvestidor Warren Buffett, comprou vários jornais regionais da empresa Media General.
Segundo o "New York Times", o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, que começou a construir seu império das comunicações e da informação financeira em 1982, estaria de olho na compra do diário britânico "Financial Times", um dos de maior prestígio no mundo, que é avaliado por especialistas em US$ 1,2 bilhão e que pertence ao grupo Pearson.
A compra envolveria ainda 50% da "Economist".
O "Financial Times" foi um dos primeiros a instalar o muro de acesso para cobrança ("paywall") e tem 600 mil assinantes.
Cerca de um quarto dos jornais americanos já cobram pelo conteúdo digital. Até há pouco, apenas jornais segmentados e de informações consumidas pelo mercado financeiro, como o "Wall Street Journal" e o "Financial Times", cobravam pelo conteúdo on-line.
Jornais de informação geral temiam que a cobrança produzisse uma queda violenta na audiência na internet, o que não aconteceu.
Segundo pesquisa do banco JPMorgan, o tráfego de internautas em jornais que passam a cobrar pelo acesso ao conteúdo on-line cai em média 20% --garantindo verbas de publicidade e das assinaturas.
(RAUL JUSTE LORES)
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