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Gravações mostram problemas ocorridos no apagão de 2011
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DE BRASÍLIA
Diálogos analisados pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) ajudaram o governo a entender as razões que levaram a Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco) a demorar mais do que o previsto para iniciar o restabelecimento da energia durante o apagão ocorrido em fevereiro de 2011.
A interrupção, que durou quase cinco horas em algumas cidades, afetou oito Estados.
As gravações foram divulgadas ontem pelo jornal "O Estado de S. Paulo" e fazem parte do relatório da Aneel com as conclusões da área de fiscalização da agência sobre o episódio.
De acordo com o jornal, enquanto o abastecimento do Nordeste dependia da abertura de uma chave, como previa o guia de operações, os técnicos da Chesf debatiam se deveriam fechá-la.
Os achados do corpo técnico da reguladora foram anunciados em junho passado juntamente com a decisão dos diretores da agência de multar a Chesf em R$ 32,3 milhões pelas infrações que causaram o apagão.
Na ocasião, a reguladora afirmou que um dos equipamentos da subestação Luiz Gonzaga, pertencente à Chesf, estava obsoleto e não possuía os sistemas de proteção apropriados.
A Aneel listou ainda os problemas operacionais que resultaram na perda de 33 minutos para que o processo de recomposição do fornecimento de energia fosse iniciado, como um portão travado, um gerador de diesel de emergência que estava fora de operação e dificuldades no acesso aos procedimentos operativos para a preparação e a recomposição da instalação.
No relatório de junho, a Aneel já destacava que parte dos problemas foi verificada a partir do "exame detalhado das gravações das conversas" entre os técnicos da empresa. A Chesf não foi encontrada ontem para comentar o assunto.
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