Banco paga gratificação fixa de 25% para todos os funcionários

No ano passado, a média da remuneração da instituição foi de R$ 25,6 mil 

Fachada da sede do BNDES no Rio de Janeiro
Fachada da sede do BNDES no Rio de Janeiro - Lucas Tavares/Folhapress
Maeli Prado
Brasília

PLR (participação nos lucros e resultados) de 3,7 salários por ano, gratificação de 25% sobre a remuneração fixa mensal e um adicional por exercício de função que pode chegar a R$ 14 mil.

Esses são alguns dos benefícios pagos pelo BNDES aos seus funcionários.

No ano passado, a média da remuneração da instituição foi de R$ 25,6 mil, segundo balanço do banco. O gasto com pessoal chegou a R$ 1,9 bilhão.

Em agosto de 2017, o TCU (Tribunal de Contas da União) iniciou uma auditoria nos salários de estatais federais.

Na época, o ministro Walton Alencar Rodrigues disse, em comunicado que oficializou a varredura, que os valores pagos pelo BNDES aos funcionários em geral "fariam corar qualquer pessoa dotada de bom senso".

Todos ganham a gratificação mensal. "Esse é um valor que já se caracterizou como parte do salário e, portanto, não pode ser retirado", diz Henrique Rogério Lopes, superintendente de administração e RH do banco.

Além de seguro médico e odontológico e auxílio-alimentação (R$ 1.300), os funcionários com filhos recebem auxílio-creche (R$ 1.300) e salário-educação para ensino fundamental (R$ 1.100).

Quem exerce funções de superintendência ou gerência ganha gratificação de função que varia de R$ 5.000 a R$ 14 mil. Já a gratificação das chamadas funções comissionadas, como a de secretário de diretores, caixas ou analistas de cadastro, varia de R$ 1.700 a R$ 5.000 por mês.

O plano de cargos e salários prevê para funcionários em missões o pagamento de "passagem para o empregado, sua família e um serviçal" --expressão que consta da página do banco na internet.

O BNDES afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que o texto está desatualizado e não concede passagem para empregado doméstico.

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