O presidente do conselho de administração da Azul, David Neeleman, disse nesta quinta-feira (8) que, após a aprovação pelo Senado do acordo de céus abertos entre Brasil e Estados Unidos, o próximo passo da empresa é se reunir com parceiros e conversar sobre uma joint venture.
A Azul tem parceria com a United Airlines e, segundo o executivo, uma joint venture tem potencial para sinergias.
"O bom dessa parceria é que não temos sobreposição e temos muitas sinergias", disse Neeleman em teleconferência sobre os resultados do quarto trimestre.
No entanto, ele acrescentou que um acordo nesse sentido demora para ser acertado e que, portanto, não espera aprovações este ano.
Na véspera, o Senado brasileiro aprovou o acordo, que segue agora para promulgação. Além de eliminar os limites do número de voos entre Brasil e Estados Unidos, o tratado é requisito para o Departamento de Transportes dos EUA aprovar um acordo comercial comum entre a American Airlines e a Latam Airlines para expandir seu tráfego na região.
BALANÇO
Mais cedo, a Azul divulgou o balanço do quarto trimestre, com salto de quase seis vezes no lucro líquido, para R$ 303,7 milhões O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros e impostos (Ebit) subiu quase 80% para R$ 305,6 milhões, resultando em uma margem de 13,9% ante 9,3% no quatro trimestre de 2016.
O diretor presidente da Azul, John Peter Rodgerson, destacou que a empresa está passando por um processo significativo de modernização da frota, principalmente com a chegada de novos modelos da família Airbus A330, o que vai contribuir para o crescimento da margem.
Em relação ao custo do combustível, Neeleman afirmou que a indústria como um todo, não apenas a Azul, tem conseguido repassar os aumentos para as tarifas.
A declaração veio um dia após a Gol afirmar que tem conseguido absorver esses custos com "boa capacidade" de repasse.
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