Em seu primeiro balanço após o lançamento de ações em bolsa de valores, a BR Distribuidora apresentou lucro de R$ 1,15 bilhão, revertendo prejuízo de R$ 315 milhões no ano anterior. Foi o primeiro lucro anual desde 2014.
Segundo a companhia, o desempenho é resultado de melhora nas margens da redução de provisões em seu balanço, que contribuíram com R$ 960 milhões.
A empresa anunciou que pretende distribuir a seus acionistas 95% do lucro, um total de R$ 1,09 bilhão, sob a forma de dividendos ou juros sobre o capital próprio.
No dia 15 de dezembro de 2017, a BR Distribuidora estreou na bolsa de São Paulo, como parte da estratégia da Petrobras para levantar recursos para reduzir sua dívida.
A estatal vendeu 28,75% das ações da subsidiária, ao preço de R$ 15 cada, equivalente ao valor mínimo na faixa prevista pela companhia. Na segunda (12), as ações valiam R$ 22,20, valorização de 44% com relação ao preço inicial.
A empresa teve receita de R$ 84,5 bilhões em 2017, queda de 2,4% com relação ao ano anterior, resultado da queda de 5,7% no volume de vendas no período.
A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos e amortizações foi de R$ 3,06 bilhões, 2,4% maior do que em 2016.
Comparada às suas principais concorrentes no mercado de distribuição de combustíveis, a BR foi a única que vendeu menos em relação a 2016.
A Ipiranga, controlada pelo grupo Ultra, terminou o ano com volume de vendas estável e a e a Raízen, que opera com a marca Shell, registrou alta de 2,9%.
Em seu balanço, a BR diz que sua área de grandes consumidores sofreu com a retração de 7,7% nas vendas de óleo diesel, principalmente para térmicas.
As vendas na rede de postos caíram 4,4% no ano, também puxada por menores vendas de óleo diesel. A companhia expandiu sua rede em 269 novos postos de gasolina no período.
No quarto trimestre, o lucro foi de R$ 531 milhões, aumento de 921,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, que havia sido impactado por provisões para indenizações de programa de demissão voluntária e de possíveis perdas com processos judiciais.
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