Descrição de chapéu greve dos caminhoneiros

Busca por combustível causa correria, fila e nó no trânsito da zona oeste de SP

Posto tem apenas gasolina aditivada a R$ 4,42

Dhiego Maia
São Paulo

Dispostos a garantir a última gota de combustível em seus veículos, motoristas causaram um nó no trânsito na avenida Nações Unidas, na zona oeste da capital paulista, na tarde desta quinta-feira (24).

A reportagem da Folha presenciou uma fila quilométrica de carros ocupando uma das três faixas da avenida no sentido centro, em direção a um posto de bandeira Shell. No local, o litro da gasolina aditivada (o tipo ainda disponível) era vendido a R$ 4,42.

O comerciante Jorge Paulo de Oliveira, 42, levou 40 minutos para encher o tanque de sua moto EXR -300. "Antes de abastecer aqui fui a outros sete postos. Já estava preocupado porque preciso ir para Osasco [Grande SP] hoje", afirmou.

O motorista Geraldo Pereira Júnior, 57, ficou 20 minutos na fila. "Apesar do transtorno eu acho justo o que os caminhoneiros estão fazendo. Não temos bolso para pagar um preço tão alto de combustível para andar de carro", reclamou.

Até uma viatura da PM disputava na um lugar para abastecer. O cabo Antonio estava preocupado. "O carro só tem um quarto do tanque. E logo mais outra equipe vai precisar dele para trabalhar", disse.

O trânsito era controlado por um agente da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) que direcionava os motoristas a uma das quatro bombas do posto, de grande porte, com 11 tanques de armazenamento de combustíveis.

fila de motoqueiros em posto de gasolina
Motociclistas fazem fila em posto de combustíveis na avenida das Nações, na zona oeste de SP - Dhiego Maia/Folhapress

Havia motorista que cortava a fila, mas nenhuma confusão foi registrada enquanto a reportagem esteve no local.

Funcionários do posto disseram à Folha que restam apenas 5.000 litros de gasolina aditivada e que o estoque pode acabar já por volta das 19h desta quinta.

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