Aumento de preços e genéricos elevam lucro da farmacêutica Hypera em 50%

Dona da Engov e do Gelol não foi afetada pela greve dos caminhoneiros nem alta do dólar

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São Paulo | Reuters

A farmacêutica brasileira Hypera —dona de marcas como Apracur, Engov, Gelol e Episol— anunciou nesta sexta-feira (27) que teve alta de 50,7% no lucro líquido no segundo trimestre de 2018, em comparação ao mesmo período do ano passado.

A empresa conseguiu passar quase ilesa pelos efeitos da desvalorização do real e da greve dos caminhoneiros, além de ter pago menos impostos.

O lucro de suas operações continuadas no período somou R$ 278,8 milhões, alta de 22,3% contra um ano antes. Já o lucro líquido cresceu 50,7%, para R$ 277,8 milhões.

Ação de marketing da marca Engov, da Hyperpharma, durante bloco de Carnaval no Rio - Fabio Teixeira / UOL

O resultado operacional da Hypera medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) das operações continuadas, somou R$ 339,5 milhões, avanço de 12,1%.

De um lado, a receita líquida da companhia cresceu 12,6%, a R$ 920 milhões, refletindo maiores vendas de produtos de prescrição e genéricos e aumento de preços.

"A greve dos caminhoneiros não provocou impacto relevante sobre o processo de produção ou a entrega de mercadorias a clientes, devido a níveis adequados de estoques", afirmou a Hypera em seu relatório.

A empresa também disse que o resultado não foi afetado de maneira relevante pela desvalorização do câmbio, já que a maior parte do estoque de matéria-prima consumido no período foi formado antes da desvalorização.

No segundo trimestre a empresa pagou R$ 37 milhões em Imposto de Renda e CSLL, 55% menos do que em 2017, por conta da declaração de juros sobre capital próprio.

Esse conjunto se sobrepôs ao aumento das despesas em algumas áreas. Houve alta de 1,8%,  na proporção da receita, nos gastos com marketing para o lançamento de 14 novos produtos,  12 deles marca.

As despesas financeiras passaram do resultado positivo de R$ 26 milhões, para o negativo de R$ 1,8 milhão ano a ano.

A margem Ebitda caiu 0,2 ponto percentual, a 36,9%.

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