Questões de segurança adiam retomada da maior refinaria da Petrobras

Petroleiros exigem melhores condições para voltar a operar

do Rio

Após uma explosão que paralisou as atividades desde segunda-feira (20), a retomada das operações na Refinaria de Paulínia (Replan) deverá ocorrer somente na semana que vem, pois depende do atendimento de algumas condições técnicas e de segurança, disse o diretor da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) Aurélio Amaral.

O adiamento na volta da Replan ocorreu em meio a exigências dos petroleiros por mais segurança. A retomada das operações era aguardada para sexta-feira (24).  

Em nota, a ANP destacou que comunicou à Petrobras "medida cautelar de interdição" da Replan para garantir a segurança operacional das instalações e evitar novos acidentes, diante da possível retomada da operação das unidades da refinaria que não foram afetadas no acidente.

"Cabe ressaltar que a medida cautelar de interdição não inclui as operações de tancagem e utilidades, desde que não afetadas pelo acidente", afirmou a ANP.

Em nota divulgada na sexta (24), o Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro Unificado-SP) disse que a retomada da refinaria deve se iniciar na próxima quarta-feira (29).

A unidade deve ser retomada com cerca de 50% da capacidade de produção, que é de 415 mil barris de derivados, segundo a assessoria de imprensa da estatal.

​​O incêndio no início da semana atingiu parte de uma das unidades de craqueamento catalítico e uma das unidades de destilação atmosférica, que fazem parte do processo de refino de petróleo.

A Petrobras terá de aumentar a importação de derivados, especialmente diesel e querosene de aviação, para recuperar os estoques dos produtos em razão do acidente, segundo a Reuters.

Fogo na refinaria da Petrobras em Paulínia, em São Paulo
Explosão seguida de um incêndio atingiu a Replan, a maior refinaria da Petrobras, em Paulínia (SP) - Reprodução 20.ago.18/TV Globo
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