Descrição de chapéu Financial Times

Facebook nomeia Nick Clegg como diretor de relações globais

Clegg serviu como vice-primeiro-ministro de David Cameron

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Nova York | Financial Times

O Facebook contratou Nick Clegg, ex-primeiro-ministro do Reino Unido, para comandar sua equipe de assuntos mundiais e comunicações, diante dos problemas que a empresa enfrenta quanto a proteção de dados e da ameaça de maior regulamentação governamental.

Clegg, 51, vai se mudar para o Vale do Silício em janeiro para suceder Elliot Schrage, que em junho anunciou que deixaria o Facebook depois de dez anos na empresa.

O britânico é a contratação mais importante a vir de fora da empresa desde 2014, quando David Marcus, ex-presidente do PayPal, foi contratado para dirigir o Messenger.

Nick Clegg, que foi vice-primeiro-ministro de David Cameron
Nick Clegg, que foi vice-primeiro-ministro de David Cameron - Justin Tallis/AFP

A decisão de contratar Clegg, ex-negociador comercial da Comissão Europeia e membro do Parlamento Europeu, sugere que a empresa está tentado melhorar suas conexões em Bruxelas, onde o Facebook enfrenta batalhas cada vez mais intensas quanto a privacidade de dados, desinformação e retórica do ódio.

Vera Jourova, comissária da Justiça da União Europeia, encarregada da proteção de dados e da integridade eleitoral, declarou no ano pass\ado que cancelou sua conta no Facebook porque o site se havia tornado "uma rodovia para o ódio".

Clegg disse acreditar que o Facebook precisa enfrentar questões espinhosas sobre como a tecnologia afeta a sociedade "não trabalhando sozinho no Vale do Silício, mas com as pessoas, organizações, governos e autoridades regulatórias de todo o planeta, a fim de garantir que a tecnologia seja uma força para o bem".

O ex-vice-premiê liderava o Partido Liberal Democrata no governo de coalizão com os conservadores de David Cameron, entre 2010 e 2015, mas perdeu seu assento no Parlamento em 2017.

Clegg aceitou o emprego depois de meses de insistência do presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, que disse a ele que teria papel de liderança na reformulação da estratégia da companhia.

Entre as crises que o Facebook enfrentou nos dois últimos anos estão a interferência russa e as notícias falsas que influenciaram a eleição americana de 2016, o vazamento de dados da Cambridge Analytica e um ataque cibernético que expôs informações de 30 milhões de usuários.

Financial Times, tradução de Paulo Migliacci

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.