BC muda regra de câmbio para compras com cartão de crédito no exterior

Câmbio utilizado na conversão passa a ser o da data da compra, e não do vencimento da fatura

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Brasília

O Banco Central vai obrigar os bancos a aplicarem a taxa de câmbio do dia da compra nas operações feitas com cartão de crédito.

Desde 2016, a aplicação da taxa de câmbio no momento da compra era facultativa, mas a adesão dos bancos foi pequena. 

Com a mudança, a oferta de aplicação da taxa de câmbio do dia da operação será mandatória para os bancos, e caberá ao cliente escolher se prefere pagar com essa cotação ou esperar pelo valor do dia de fechamento da fatura. Se esta última for a opção, será necessário contatar a instituição financeira.

O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 6,38% continuará a ser cobrado independentemente da escolha da taxa de câmbio.
 

Segundo o presidente do Banco Central, Ilan Godfajn, a medida dará mais segurança ao consumidor que faz compras em moeda estrangeira, pois evita a insegurança com a volatilidade das cotações entre o dia da compra e a data de fechamento da fatura. 

"É uma alteração que estamos fazendo. O consumidor vai se sentir mais confortável em saber na hora da compra quanto está gastando em reais. É uma medida que facilita a vida do cidadão", afirmou. 

Ele também pontuou que o BC não está satisfeito ainda com os juros cobrados no cartão de crédito, embora já tenha ocorrido queda relevante.

Ilan Goldfajn, presidente do Banco Central
Ilan Goldfajn, presidente do Banco Central - Adriano Machado/Reuters

O presidente do Banco Central prevê ficar no comando da autoridade monetária até março do ano que vem, estimando que a sabatina no Senado de Roberto Campos Neto, indicado ao cargo pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL), deverá ocorrer ao longo de fevereiro.

Questionado sobre a permanência de outros diretores do BC na futura administração, ele afirmou que a ideia é a transição ocorrer, a diretoria permanecer, acho que não temos muita insegurança em relação a isso.

Ilan disse ainda não ter aceitado permanecer na presidência do BC por motivos pessoais, e não quis dar mais detalhes a respeito. Ressaltou, contudo, ver com bons olhos o novo governo e as medidas que estão sendo pensadas.

Com Reuters

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