Países emergentes levarão mais tempo para superar economias desenvolvidas, diz consultoria

Economia da China deve se tornar maior do que a americana em 2032, dois anos mais tarde do que o esperado

Londres | Reuters

Na corrida para superar as economias desenvolvidas, países emergentes como China, Índia e Brasil sofreram um revés este ano e vão ultrapassar as grandes economias mais tarde do que o esperado anteriormente, disse o Cebr (Centro de Economia e Pesquisa de Negócios, na sigla em inglês).

A tabela da Liga Econômica Mundial de 2019 da consultoria Cebr foi mais pessimista sobre a economia global do que as perspectivas do ano passado.

"No médio prazo, estamos mais ou menos tão otimistas quanto que estávamos há um ano, mas suspeitamos que o caminho para o crescimento será mais turbulento do que imaginávamos há 12 meses", disse o relatório, que prevê as perspectivas de 193 países até 2033.

A China deve ultrapassar os Estados Unidos como a maior economia do mundo em 2032, dois anos depois do esperado, devido a uma política monetária mais frouxa e taxa de câmbio mais baixa, disse o Cebr.

A expectativa é de que o Brasil supere a Itália em 2020, não em 2018.

O Reino Unido provavelmente vai perder seu lugar como a sexta maior economia para a França no ano que vem devido aos problemas relacionados ao Brexit, mas deve recuperar essa posição até 2023.

O Cebr também projetou a Irlanda como uma das economias que vão crescer mais rapidamente na zona do euro no ano que vem, mas disse que o Brexit representa um grande risco de queda para essa previsão.

Os efeitos de uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo foram sentidos nos mercados globais este ano e prejudicaram o crescimento do comércio mundial.

O volume do comércio mundial deverá aumentar 2,99% este ano, menos de dois terços do aumento em 2017, estima o Cebr.

Uma pesquisa da Reuters com economistas realizada no final de outubro sinalizou que as perspectivas para o crescimento global em 2019 diminuíram pela primeira vez.

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