Setor de serviços inicia 4º tri com crescimento em ritmo lento

Movimento positivo foi acompanhado por duas das cinco atividades investigadas

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São Paulo

Em ritmo menor do que o esperado pelo mercado, o setor de serviços cresceu 0,1% no mês de outubro, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta sexta (14). De acordo com projeção da Reuters, a expectativa de crescimento, na relação com setembro, era de 0,4%. 

Na comparação com outubro de 2017, o avanço foi de 1,5%. A Bloomberg projetava alta de 1,8%, enquanto a Reuters, de 2%.

A influência negativa que segurou esse crescimento veio principalmente dos serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,9%) e dos serviços prestados às famílias (-1%).

Para Rodrigo Lobo, gerente de pesquisa em serviços no IBGE, o cenário do país, com desemprego e informalidade altos e transição de governo fazem com que as famílias deixem de consumir.

"Com a questão do desemprego, a massa de rendimentos ainda não ter se recuperado, o grau de informalidade ser mais elevado e a incerteza do que pode acontecer no futuro, as famílias tendem a poupar mais do que gastar."

O movimento positivo de 0,1% foi acompanhado por duas das cinco atividades investigadas, com destaque para o ramo de outros serviços que cresceu 5,5% em outubro.

A estabilidade presente nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro foi determinante para que o índice nacional avançasse pouco, segundo os dados do IBGE. Entre as unidades federativas com crescimento, destacam-se Paraná (2,4%) e Rio Grande do Sul (1,7%).

O recorte mensal, porém, não diz muito sobre uma recuperação da economia a longo prazo, avalia Lobo.

"Quatro ou cinco meses de taxas positivas ou negativas sequenciais só ocorrem se [o país] estiver vivenciando um momento de extremo boom econômico ou de extrema depressão."

Na comparação entre os meses de 2017 e 2018, o avanço ocorre em quatro das cinco atividades pesquisadas. 

"Se a gente olha na comparação interanual, temos uma quinta taxa positiva do ano, algo que não acontecia desde 2014. Então esses fatores apontam para um aumento do ritmo do serviço como um todo."

No acumulado de 2018, na comparação com o mesmo período do ano anterior, os serviços apresentam recuo de 0,2%.

No saldo do PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre, o setor de serviços apresentou crescimento de 0,5%, ante os três meses anteriores.

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