A Petrobras informou nesta quarta-feira (30) que está prestes a concluir as negociações com a americana Chevron para a venda da polêmica refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
O tema deve ser apreciado em reunião do conselho da estatal ainda nesta quarta, disse a empresa. A operação faz parte do plano de desinvestimentos da Petrobras.
Localizada no Texas, a refinaria foi adquirida pela Petrobras em uma negociação que rendeu prejuízo bilionário e é alvo de investigações da Lava Jato. Sua compra é investigada também pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
A refinaria foi comprada em 2006 sob o argumento de que a Petrobras precisava de um ponto de entrada no mercado americano de combustíveis.
A estatal pagou US$ 360 milhões (cerca de R$ 1,3 bilhão, pela cotação atual) por metade da empresa, quase oito vezes mais do que os US$ 42 milhões (R$ 155 milhões) desembolsados um ano antes pela suíça Astra por 100% do capital.
Após disputa judicial, a Petrobras acabou desembolsando US$ 1,2 bilhão para ficar com todas as ações.
Com a crise financeira, a estatal decidiu reduzir suas operações no exterior e incluir Pasadena em sua lista de ativos à venda.
O processo de venda da refinaria foi aberto em fevereiro de 2018. Para a Chevron, a unidade representa aumento da capacidade de refino do petróleo produzido de reservas não convencionais nos Estados Unidos.
PRÉ-SAL
A empresa americana anunciou também nesta quarta mudança em suas operações brasileiras, com a venda de participação no campo de produção de petróleo Frade, na Bacia de Campos, para focar recursos na exploração do pré-sal.
Nos últimos leilões do governo, a companhia arrematou fatias em seis blocos do pré-sal, em parceria com a Petrobras e outras empresas do setor.
"O pré-sal brasileiro é um recurso de classe mundial", disse, em nota.
A fatia de 51,74% no campo de Frade foi comprada pela Petro Rio, que levou também participação em um bloco exploratório no Ceará.
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