China diz que continuará a suspender tarifas adicionais sobre veículos e autopeças dos EUA

Medida é gesto de boa vontade após decisão do governo americano em adiar altas tarifárias sobre importações chinesas

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Pequim | Reuters

O Conselho de Estado da China informou neste domingo (31) que a China continuará suspendendo tarifas adicionais sobre veículos e autopeças dos Estados Unidos após 1º de abril, em um gesto de boa vontade após a decisão dos EUA de adiar altas tarifárias sobre importações chinesas.

Em dezembro, a China informou que iria temporariamente suspender tarifas adicionais de 25% sobre veículos e autopeças fabricados nos Estados Unidos por três meses, após uma trégua em uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

O Conselho de Estado afirmou que o movimento deste domingo visava "continuar a criar um bom ambiente para as negociações comerciais em curso entre os dois lados".

"É uma reação positiva à decisão dos EUA de adiar o aumento de tarifas e uma ação concreta adotada (pelo lado chinês) para promover negociações comerciais bilaterais", afirmou.

 

"Esperamos que os EUA possam trabalhar em conjunto com a China, acelerar as negociações e realizar esforços concretos em direção à meta de acabar com as tensões comerciais".

 

O governo também disse que anunciaria separadamente quando a suspensão terminaria.

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na sexta-feira (29) que as negociações comerciais com a China estão indo muito bem, mas advertiu que não aceitaria nada menos do que um "grande acordo" depois que altos funcionários do comércio norte-americano e chinês fecharam dois dias de negociações em Pequim.

O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, e o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, estiveram na capital chinesa para os primeiros encontros presenciais entre os dois lados desde que Trump adiou o aumento de 2 de março nas tarifas sobre US$ 200 bilhões (aproximadamente R$ 779 bilhões) em produtos chineses.

As negociações devem ser retomadas na próxima semana em Washington com uma delegação chinesa liderada pelo vice-premiê Liu He.

Presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping, durante encontro em Beijing, em 2017. - AFP
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