Dólar chega a R$ 4 com tensões entre China e EUA

Bolsa brasileira cai mais de 2% na manhã desta terça-feira (7)

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São Paulo e São Paulo

A declaração de Donald Trump de aumentar a taxação de importações chinesas continua a assustar os investidores. Na manhã desta terça-feira (7), as principais Bolsas globais caem cerca de 2% , após o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, dizer que o aumento de tarifas, anunciado para sexta-feira, está mantido. O mercado doméstico acompanha e o dólar bateu os R$ 4.

No domingo (5), o presidente americano tuitou que iria taxar em 25% US$ 200 bilhões de importações chinesas. Hoje, estes bens têm 10% taxas. Trump também prometeu cobrar 25% de taxas de outros US$ 325 bilhões de bens importados, hoje isentos.

A promessa foi na contramão das negociações comerciais envolvendo Estados Unidos e China, que visam pôr um fim na guerra comercial travada desde 2018.

A diretora gerente do FMI, Christine Lagarde, advertiu que as tensões comerciais entre China e EUA são uma ameaça para a economia mundial e afirmou que os recentes "boatos e tuítes" não são favoráveis a um acordo.

"Está claro que as tensões entre EUA e China são uma ameaça para a economia mundial", declarou a diretora do FMI à imprensa após um discurso no Fórum de Paris sobre o endividamento dos países em desenvolvimento.

"Tínhamos a impressão de que esta ameaça estava diminuindo, que as relações melhoravam e que estávamos caminhando para um acordo entre Pequim e Washington. Esperamos que este continue sendo o caso, mas hoje há boatos, tuítes e os comentários não são muito favoráveis", completou a diretora do FMI.

China e EUA retomarão as complexas negociações comerciais esta semana em Washington. O vice-premiê chinês Liu He visitará na quinta e sexta-feira a capital americana. A organização das negociações era incerta após o anúncio de Trump no domingo.

Após o anúncio da presença de Liu nas reuniões, as Bolsas asiáticas recuperaram parte das perdas da véspera. Hong Kong fechou em alta de 0,52%. O índice CSI 300, que mede o desempenho dos papéis das bolsas de Shangai e Shenzen, subiu 0,98%.

No entanto, nos Estados Unidos, as Bolsas tem a maior queda percentual desde 3 de janeiro. Às 15h15, o índice Dow Jones recuava 2%. S&P 500, 1,9% e Nasdaq,  2,18%.

O Ibovespa, maior índice acionário do Brasil, cai 1,08%, a 93.978 pontos. Durante as primeiras horas do pregão, a queda foi de mais de 2%.

O dólar se valoriza internacionalmente com aversão ao risco. No Brasil, a moeda sobe 0,45%, cotada a R$ 3,9770.

Nesta terça está previsto o início das discussões na comissão especial da Câmara dos deputados para debater a Reforma da Previdência. A sessão deve trazer novas oscilações ao mercado doméstico.

 

(Com agências de notícia)

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