Descrição de chapéu Previdência

Governadores caminham para convergência sobre Previdência, diz Doria

Líder do governo no Congresso pede engajamento da indústria

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São Paulo

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta segunda-feira (10) que os estados estão próximos de fechar uma maioria favorável à manutenção dos entes federativos no projeto de reforma da Previdência.

Líderes dos estados se reúnem nesta terça (11) em Brasília em encontro do Fórum de Governadores.

A expectativa é que o relator do projeto na comissão especial da Câmara dos Deputados, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), apresente seu relatório nesta semana.

Governador de São Paulo, João Doria (PSDB), durante anúncio sobre o Museu Paulista, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo
Governador de São Paulo, João Doria (PSDB), durante anúncio sobre o Museu Paulista, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo - Guilherme Rodrigues/Folhapress - 17.mai.2019

Doria disse que a reunião será de convergência. "A busca é pela convergência, pelo entendimento. E estamos muito próximos de chegar a essa patamar com maioria expressiva, talvez não tenhamos unanimidade", afirmou após participar da abertura do 8º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria.

Questionado se existiriam alternativas para a abrangência do projeto aos estados, como regras de embarque ou desembarque a serem votadas em assembleias estaduais, Doria disse que "a intenção é preservar o projeto como está, mas buscar o entendimento".

Na semana passada, governadores apresentaram carta conjunta em defesa da manutenção de estados e municípios na reforma.

O documento, divulgado pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), trazia a assinatura de 25 governadores –os representantes da Bahia, Rui Costa (PT), e do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), não assinaram.

Mas a coluna Painel informou que o impasse sobre a inclusão de todos na reforma tem gerado rachas dentro dos próprios partidos do centro. E o próprio PSDB estaria incomodado com a pressão de Doria pela aprovação da reforma com os estados, o que levou o governador a adotar um tom mais conciliador.

Na abertura do mesmo evento, a líder do governo no Congresso, deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), afirmou a uma plateia de industriais que eles devem usar sua influência para mobilizar a sociedade a favor da aprovação da reforma da Previdência.

"Vocês são peças fundamentais nesse engajamento, usando a influência que têm", disse.

A deputada afirmou que inovação requer estabilidade e "um país arrumadinho economicamente".

"É preciso que a gente conserte a mangueira furada da Previdência. Não adianta colocar mais água e pressão em uma mangueira furada", disse.

Com as mudanças no sistema de aposentadoria, Hasselmann afirmou que investimentos vão desaguar no Brasil.

Embora os votos estejam no Congresso, ela diz, "o movimento precisa ser de fora para dentro para que a população empurre aqueles parlamentares que estão em dúvida". 

"Precisamos fazer uma grande multidão pró-Previdência", afirmou.

Questionada sobre a articulação com o Congresso, Hasselmann disse que "a reforma da Previdência não causa divergências".

Em entrevista conjunta à Folha nesta segunda-feira, os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), expuseram a avaliação de que o governo de Jair Bolsonaro, mesmo sem base parlamentar sólida, não cai, mas terá problemas para aprovar a agenda que propõe ao país.

“Uma coisa é o Parlamento garantir as condições mínimas de governabilidade”, disse Maia, citando, entre outras coisas, a aprovação da reforma da Previdência. “A partir daí, qual vai ser o embate?”​

Alcolumbre afirmou que, apesar das divergências, Bolsonaro “vai ter que me aturar dois anos na presidência do Senado”. “Eu vou ter que aturar ele dois anos. Ele vai ter que aturar o Rodrigo e o Rodrigo vai ter que aturar ele. Eu quero que a gente consiga conviver pensando no Brasil.”

Hasselmann disse que Alcolumbre tem uma forma jocosa e brincalhona de se expressar. "Temos conversas diárias. A relação é na absoluta tranquilidade", afirmou a deputada.

Maia e Alcolumbre cancelaram suas presenças no evento da indústria desta segunda em São Paulo.

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