Desempenho de serviços e indústria em maio apontam para estagnação no mês

Segundo IBGE, produção industrial caiu 0,2% e atividade de serviços ficou estável

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São Paulo e Rio de Janeiro

Dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (12) sobre o desempenho do setor de serviços e da indústria apontam para um quadro de estagnação da economia brasileira em maio.

Os serviços registraram estabilidade em relação a abril deste ano e um avanço de 4,8% quando comparado com maio do ano passado —quando a economia sofreu efeitos da paralisação de caminhoneiros.

No mesmo mês, de acordo com dados do instituto, a indústria registrou queda de 0,2%).

Na quinta-feira (11), , o instituto havia apontado que o varejo caiu 0,1%, na comparação com abril. No varejo ampliado, que inclui veículos e motos, partes e peças e também material de construção, o comércio avançou 0,2% entre abril e maio. 

Nos primeiros cinco meses de 2019, os serviços acumularam uma alta de  1,4%. Porém, no primeiro bimestre do ano a expansão era de 2,9%.

De janeiro a maio, a indústria acumula queda de 0,7%. Em sentido oposto, o comércio avançou 0,7% no período.

Nos serviços, o único segmento que registrou queda em maio foi o de transportes.

As atividades de transporte terrestre recuaram 0,6%, na comparação com abril. 


"Isso está muito relacionado com queda da receita das empresas de transporte de carga, que está relacionado com o fluxo de mercadorias nas rodovias e que está relacionado com o o ritmo da produção industrial", disse o economista do IBGE, Rodrigo Lobo.


Em  maio, a produção industrial caiu em 8 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE 


Houve crescimento no Pará (59,1%, impulsionado pela retomada da produção de uma indústria do setor extrativa)), Rio (8,8%), Goiás (1,6%), Amazonas (1,2%), Bahia (1,1%), Paraná (0,7%) e São Paulo (0,1%).

Em análise sobre o resultado, o Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) afirmou que houve uma acomodação do crescimento dos serviços que vinha ocorrendo no início do ano e a expectativa de uma reação mais satisfatória deu lugar à realidade de um crescimento modesto.

Para o Iedi, a falta de crecimento no setor dificuta a redução da alta taxa de desemprego no país, devido ao forte potencial empregador do setor.


Segundo o IBGE, no trimestre encerrado em maio, a taxa de desemprego foi de 12,3%. A população desocupada era de 13 milhões.

A expectativa menor em relação ao avanço da economia neste ano foi confirmada também pelo governo, que reduziu a previsão oficial de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para 2019 de 1,6% para 0,81%. 

A projeção é próxima a observada pelo Banco Central em pesquisa do Boletim Focus. Na segunda-feira (8), a expectativa do mercado era de um crescimento do PIB de 0,82% neste ano.

No primeiro trimestre deste ano a economia brasileira encolheu 0,2%.

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