Governo acaba com monopólio da Casa da Moeda para papel-moeda e passaporte

Bolsonaro assinou medida provisória, que ainda precisa ser aprovada pelo Congresso

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Brasília

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou nesta terça-feira (5) uma MP (medida provisória) para acabar com o monopólio da Casa da Moeda na fabricação de papel-moeda, moedas metálicas, passaportes e impressão de selos postais e fiscais federais.

O governo afirma que, apesar da abertura de concorrência para esse serviço, será preservada a segurança e fiscalização para emissão de papel-moeda.

O objetivo, segundo o ministro Jorge Oliveira (Secretaria Geral), é reduzir os custos de fabricação e, com isso, é esperado, por exemplo, um corte nos valores pagos para emissão de passaporte.

A equipe de Bolsonaro não tem, porém, uma estimativa de economia com a medida para os próximos anos.

Fábricas de matrizes e cédulas da Casa da Moeda do Brasil , em Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro - Fernando Frazão - 24.jul.12/Folhapress

As regras da concorrência pelos serviços prestados pela Casa da Moeda ainda serão definidas.
Apesar da quebra de monopólio, a Casa da Moeda continua na lista do PPI (programa de parcerias de investimentos) para futuras privatizações.

Por ser uma MP, o fim do monopólio passa a valer imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso até o começo do próximo ano, ou então perderá a eficácia.

A medida provisória é parte do pacote de ações adotadas pelo presidente no evento em comemoração aos 300 dias de governo.

Na cerimônia, Bolsonaro também assinou o projeto de lei que prevê a capitalização da Eletrobras.

Segundo o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, a empresa vem perdendo espaço no setor de energia e não tem mais capacidade de investimento.

O projeto abre caminho para que a estatal seja incluída no PND (Plano Nacional de Desestatização) e para que a venda das ações ao mercado possa ocorrer no próximo ano.

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