Bolsonaro diz que taxa Selic deve chegar a 4,5%

Em conversa improvisada, presidente diz que governo de Dilma Rousseff reduziu percentual 'na canetada'

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Brasília

Em evento da Caixa Econômica Federal, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira (2) que a taxa básica de juros, a Selic, deve sofrer um novo corte e cair de 5% para 4,5%. A próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) está marcada para o dia 10 de dezembro.

Em uma conversa de improviso, com funcionários da instituição bancária, o presidente afirmou que não entende de economia e, em uma referência à ex-presidente Dilma Rousseff, disse que no governo petista reduziram a taxa "na canetada".

"Eu não entendo de economia, não. Aquela que entendia está pagando uma conta altíssima. Também, naquela época, reduziu a taxa de juros na canetada. Hoje, sem canetada, está em 5%, deve chegar a 4,5%", disse.

O presidente Jair Bolsonaro durante solenidade do dia do enfrentamento à violência contra a mulher, no Palácio do Planalto - Pedro Ladeira - 25.nov.19/Folhapress

O presidente conversou com a plateia enquanto a primeira-dama Michelle Bolsonaro não chegava a evento para discutir políticas de inclusão de pessoas com deficiência, em um hotel da capital federal.

No mesmo diálogo, ele disse apoiar projeto de lei que garante a autonomia do Banco Central, que foi enviado ao Poder Legislativo, mas ressaltou que o presidente da instituição federal, Roberto Campos Neto, não tem pressa, uma vez que já se considera independente do Poder Executivo.

Em discurso, após a chegada da primeira-dama, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, disse que caso a Selic sofra um novo corte, haverá novas reduções tanto na taxa do cheque especial como no rotativo do cartão de crédito.

"Sem qualquer interferência por parte do presidente, e por iniciativa própria, Pedro Guimarães está fazendo um bom trabalho, obrigando outros bancos a seguirem seu exemplo de administração", disse Bolsonaro.

Na semana passada, resolução aprovada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) criou um limite de 8% ao mês às taxas de juros cobradas pelos bancos caso o cliente precise usar o cheque especial. Na época, o presidente defendeu que as instituições bancárias do país adotem taxas de juros compatíveis com a taxa básica de juros.

No evento desta segunda-feira (2), Bolsonaro e Michelle assinaram a abertura de contas correntes na Caixa Econômica Federal. "Está faltando fundo agora", brincou o presidente.

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