A União Europeia aprovou nesta sexta (31) a aquisição da dos negócios de transporte ferroviário da canadense Bombardier pela multinacional francesa Alstom, num negócio de 6,2 bilhões de euros (cerca de R$ 38 bilhões) com pagamento em dinheiro e ações.
A aquisição cria uma empresa com faturamento estimado de 15,5 bilhões de euros anuais (cerca de R$ 95 bi), o que a coloca como a segunda maior fabricante mundial de suprimentos ferroviários, depois da chinesa CRRC Corp.
O negócio não envolve o setor de aviação regional da Bombardier.
Para obter a autorização, a Alstom teve que se comprometer a vender fábricas de trens e sair de um projeto de trens de alta velocidade, os chamados V300 Zefiro, do qual a Bombardier participava.
As exigências feitas pelo órgão regulador de concorrência da Comissão Europeia incluíram também fornecer aos rivais acesso a determinadas interfaces e produtos para algumas das unidades de sinalização a bordo da Bombardier Transportation e para sistemas de gerenciamento de controle de trens.
No ano passado, a Comissão havia vetado uma tentativa da multinacional francesa de fundir suas operações ferroviárias com a alemã Siemens. Segundo a comissária europeia responsável por concorrência, Margrethe Vestager, as empresas não atenderam na ocasião condições para reduzir seu poder sobre sistemas de sinalização ferroviária e sobre trens de alta velocidade de última geração.
A Bombardier tem foco em trens de passageiros e faturou cerca de US$ 8,3 bilhões em 2019 (cerca de R$ 43 bilhões). A Alstom divulgou vendas de 8,2 bilhões de euros no ano passado (R$ 50,4 bilhões).
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