Em 6ª alta seguida, Bolsa vai a 105 mil pontos, maior patamar desde julho

Dólar segue estável na semana, a R$ 5,39

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São Paulo

A Bolsa brasileira ainda surfa a onda da vitória do democrata Joe Biden nos Estados Unidos e a eficácia de 90% da vacina da Pfizer em parceria com a BioNTech, somada aos resultados das companhias no terceiro trimestre deste ano.

O movimento levou o Ibovespa, maior índice acionário do Brasil, ao seu sexto pregão seguido de alta nesta terça-feira (10), contabilizando valorização de quase 12% no período.

Nesta sessão, o índice subiu 1,5%, a 105.066 pontos, maior valor desde 27 de julho. A alta foi impulsionada pelas fortes valorizações de Petrobras e bancos. No melhor momento do pregão, o Ibovespa chegou a 105.758 pontos, máxima intradia desde 5 de março.

A petroleira teve uma das maiores altas do pregão, em linha com a alta de quase 4% nos preços do petróleo. As ações preferenciais (sem direito a voto) da estatal subiram 6,8%, a R$ 23,08. As ordinárias (com direito a voto) saltaram 7,94%, a R$ 23,64.

Painel na B3
O Ibovespa subiu 1,5% nesta terça (10) e foi a 105 mil pontos - Aloisio Mauricio /Fotoarena/Folhapress

O Santander subiu 7,65% e o Banco do Brasil, 5,10%. As ações preferenciais de Bradesco subiram 6,45% e as ordinárias, 5,59%. Itaú ganhou 4,52%.

Outro destaque foi a Ambev, que subiu 6,96%, a R$ 15,21.

Na ponta oposta, a B2W caiu 8,3%, após forte resultado da concorrente Magazine Luiza, que superou pela primeira vez a B2W em vendas brutas no meio digital. Apesar dos números positivos, a Magazine Luiza caiu 4,6%.

Pelo segundo pregão seguido, o dólar fechou estável, a R$ 5,39. O turismo está a R$ 5,53.

Nos EUA, a Bolsa de tecnologia em Nasdaq teve seu segundo pregão de baixa nesta terça, com qieda de 1,4%, com investidores vendendo papéis de tecnologia, que se beneficiaram dos lockdowns induzindos pelo coronavírus, e favorecendo setores que mais sofreram durante a pandemia, com otimismo de que uma vacina contra a Covid-19 vai provocar uma virada positiva na economia.

A Amazon caiu 3,46%, impactada pela acusação formal e investigação da União Europeia sobre abuso de poder de mercado da companhia americana.

Na acusação, anunciada nesta terça, a UE acusou a Amazon de usar indevidamente em seu próprio proveito dados de vendedores terceirizados que usam sua plataforma e seus serviços de comércio eletrônico.

Se for condenada, a companhia pode ser multada em até 10% de seu faturamento global, ou cerca de US$ 19 bilhões (R$ 102 bilhões).

O índice Dow Jones subiu 0,9% e o S&P 500 perdeu 0,14%.

"A eleição americana parece ter se resolvido da maneira mais favorável para o preço dos ativos [...] reduzindo a volatilidade inerente do estilo Trump de governar, ao mesmo tempo que os republicanos mantêm controle do Senado, o que mitiga os temores de uma agenda governamental muito à esquerda,
especialmente envolvendo aumentos de impostos", diz relatório da gestora Verde.

Segundo a responsável pelo renomado fundo Verde, a queda da incerteza com a disputa presidencial é a principal explicação para a alta das Bolsas nos últimos dias e, segundo analistas, a contestação e judicialização dao resultado pelos republicanos não preocupa investidores.

“O mercado não acredita que as eleições não estejam resolvidas. Só se isso andar na Suprema Corte dos EUA, o que parece improvável”, diz George Wachsmann, sócio fundador e gestor de Vitreo.

Nesta terça, o secretário de estado americano, Mike Pompeo, disse que acredita em um segundo mandato de Donald Trump, embora líderes mundiais, incluindo o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, já tenham oferecido os parabéns ao democrata e prometido trabalhar em conjunto com o novo governo dos EUA.

"Haverá uma transição suave para um segundo governo Trump", disse Pompeo em entrevista a jornalistas. Mais tarde, ele procurou assegurar ao mundo que a transição pós-eleitoral dos EUA seria bem-sucedida.​

"O início de processos recusando as projeções de resultados pode trazer bastante volatilidade e fazer o mercado se movimentar contrariamente ao que temos visto nos últimos dias, mas acreditamos que as instituições americanas são fortes o suficiente para garantirem o resultado das eleições", diz Igor Cavaca, analista da Warren.

(Com Reuters)

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