O Itaú afirmou que vem mantendo discussões internas acerca do futuro de seu investimento na XP.
Em relatório divulgado aos seus acionistas nesta terça-feira (3), o banco afirmou que está em estágio avançado de análise e discussão de estudos para separar essa linha de negócio do conglomerado do banco em uma nova sociedade. Além disso, também informou que prevê a possibilidade de venda de 5% da XP.
Segundo o banco, uma fatia de ações representativas de 41,05% do capital da XP seria segregada para a nova sociedade (“Newco”), e aconteceria mediante a separação de empresas do conglomerado.
Com a eventual cisão, os acionistas do Itaú receberiam participação acionária na Newco, cujo único ativo seria a participação na XP. A nova sociedade seria uma companhia aberta e passaria a ser parte do acordo de acionistas da corretora.
Ainda em análise, o banco afirmou que caso decida implementar essa separação, ela apenas seria concretizada em 2021.
O Itaú também informou que fez um estudo para a venda do restante das ações de emissão da XP detidas pelo banco, correspondentes a 5% do capital social da corretora.
O objetivo dessa venda seria monetizar parte de seu investimento na companhia, o que geraria um aumento do índice de capital principal de Basileia III (reforma da regulamentação bancária feita em 2013 como forma de fortalecer o segmento depois da crise financeira de 2008).
“A venda, se concretizada e a depender das condições aplicáveis de mercado, poderá ser realizada por meio de uma ou mais ofertas públicas realizadas na Nasdaq [Bolsa de tecnologia de Nova York] ou em qualquer outra bolsa de valores na qual a XP tenha suas ações ou certificados de suas ações listados”, afirmou o Itaú em nota.
As operações ainda dependem da aprovação do conselho de administração do banco, que avaliará as condições a elas aplicáveis e seus efeitos.
“Qualquer eventual nova decisão, negociação ou transação relacionada à participação acionária da companhia na XP será prontamente comunicada ao mercado”, afirmou o banco em nota.
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