Descrição de chapéu Coronavírus

'Quem foi que fechou, que tirou os empregos?', diz Bolsonaro em SC

Presidente afirma não ter responsabilidade sobre vagas fechadas após comércio ficar sem funcionar

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Blumenau (SC)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a afirmar neste sábado (13) que a responsabilidade pelo fechamento do comércio e as consequências no fechamento de postos de trabalho cabem aos governadores.

"Quem foi que fechou, quem foi que tirou os empregos?", disse Bolsonaro referindo-se indiretamente aos governadores dos estados.

A breve declaração foi dada enquanto cumprimentava um grupo de apoiadores em frente ao Forte Marechal Luz, na cidade de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, local onde deve ficar hospedado durante o feriado de Carnaval acompanhado de familiares.

Jair Bolsonaro cumprimenta apoiadores em São Francisco do Sul, Santa Catarina - Reprodução/Facebook

Neste mês, em Cascavel, no Paraná, Bolsonaro já havia declarado que o problema da pandemia que se reservou ao governo federal foi a questão do emprego.

“Desde o começo, eu falava que tínhamos dois problemas. O vírus e o desemprego. Reservou-se para mim a questão do emprego. O outro lado não foi [culpabilizado]”, afirmou o presidente à época.

O presidente tem dito a política do "fica em casa" foi responsável pela crise econômica provocada pela pandemia do coronavírus e cobrado que governadores e municípios não adotem medidas para coibir a circulação de pessoas.

Segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), 2020 registrou a geração líquida (contratações menos demissões) de 142.690 empregos com carteira assinada, porém, não foi suficiente para repor aqueles perdidos durante a pior fase, para o mercado de trabalho, da crise provacada pela pandemia do coronavírus.

O ano terminou positivo por influência das cerca de 342 mil vagas criadas nos dois primeiros meses do ano, mostram os números do Caged.

De março, logo após o coronavírus chegar ao Brasil, até junho o país eliminou 1,6 milhão de postos de trabalho. As empresas voltaram a contratar no segundo semestre, até novembro, mas menos do que demitiram nos meses anteriores: foram apenas 1,4 milhão de vagas abertas no período.

Em dezembro houve corte de 67,9 mil vagas, mas o movimento é comum para o mês, já que é quando são fechadas as vagas temporárias de fim de ano. O número é inferior ao registrado em anos anteriores, o que indica que poucos postos temporários foram criados.​

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