Descrição de chapéu The New York Times

PIB dos EUA cresce no 1º trimestre impulsionado por estímulos do governo

Economia cresceu em 1,6%, ante 1,1% no trimestre final do ano passado

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Nelson D. Schwartz
The New York Times

A economia dos Estados Unidos ganhou velocidade no trimestre passado, e deixou para trás alguns dos efeitos persistentes da pandemia, com uma alta no consumo, reforçada pelos pagamentos de estímulo do governo federal americano e por um relaxamento das restrições à circulação em muitas áreas do país.

O Departamento do Comércio americano reportou nesta quinta-feira (29) que a economia cresceu em 1,6% no primeiro trimestre de 2021, ante 1,1% no trimestre final do ano passado.

Em base anualizada, o ritmo de crescimento do primeiro trimestre foi de 6,4%.

“Foi uma ótima maneira de começar o ano”, disse Gregory Daco, economista chefe da Oxford Economics para o mercado dos Estados Unidos. “Tivemos a mistura perfeita de melhora nas condições de saúde, estímulo fiscal forte e clima mais quente”.

“Os consumidores agora estão de volta ao comando, em termos de atividade econômica, e é assim que gostamos que as coisas sejam”, ele disse. “Um consumidor que se sinta confiante sobre as perspectivas econômicas em geral gastará mais livremente”.

Para o futuro, os economistas dizem antecipar números ainda melhores no trimestre em curso.

Pessoas em área de comércio nos Estados Unidos, em janeiro deste ano - Angela Weiss - 5.jan.2021/AFP

“As notícias são boas, mas notícias ainda melhores estão por vir”, disse Ian Shepherdson, economista chefe da Pantheon Macroeconomics. “Não existe coisa alguma no relatório mais recente que me leve a pensar que a economia não crescerá em ritmo explosivo no segundo e terceiro trimestres”.

A expansão do trimestre passado foi alimentada pelos pagamentos de estímulo do governo, ele disse, que se traduziram rapidamente em aquisição de bens duráveis como carros e eletrodomésticos.

“Isso demonstra o valor da intervenção governamental quando a economia está em crise grave por causa da Covid”, ele disse. “Mas nos próximos trimestres, a economia dependerá muito menos do estímulo, e as pessoas usarão as economias que acumularam durante a pandemia”.

A atividade econômica geral deve retornar os níveis anteriores à pandemia no trimestre atual, disse Anderson, acautelando que vai demorar até o final de 2022 para que o emprego reconquiste o terreno perdido como resultado da pandemia.

Mas o mercado de trabalho parece estar reagindo. No mês passado, empregadores criaram 916 mil postos de trabalho novos e o índice de desemprego caiu a 6%, enquanto os pedidos iniciais de benefícios-desemprego caíram acentuadamente nas últimas semanas.

“É o melhor mercado de trabalho que vi nos últimos 25 anos”, disse Tom Gimbel, presidente-executivo da LaSalle Network, uma empresa de recrutamento e recursos humanos de Chicago. “Temos 50% mais vagas do que tínhamos antes da Covid”.

As contratações cresceram para postos de entrada e intermediários, com forte demanda por profissionais de contabilidade, finanças, marketing e vendas, entre outras áreas.

“As companhias estão ampliando suas áreas de back-office e suas cadeias de suprimento”, ele disse. “Creio que isso deva persistir por entre 18 meses e dois anos, pelo menos”.

Os gastos com bens como automóveis lideraram o caminho no primeiro trimestre, mas a demanda por serviços como os de restaurantes deve ressurgir no segundo trimestre, disse Rubeela Farooqi, economista chefe da High Frequency Economics para o mercado dos Estados Unidos. “Creio que veremos uma disparada nos gastos com serviços”, ela disse.

Traduzido por Paulo Migliacci

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