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Confira as parcelas do consignado do INSS com os novos juros

Taxa subiu para 2,14% ao mês no empréstimo pessoal e 3,06% no cartão de crédito

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São Paulo

O aposentado e pensionista do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que precisa de um empréstimo consignado pode pagar mais caro por ele, dependendo do banco onde buscar o crédito. Desde 10 de dezembro, as instituições que oferecem a modalidade já podem cobrar os novos juros.

A taxa máxima de juros a ser paga no empréstimo consignado passou de 1,80% por mês para 2,14%. Já no cartão de crédito consignado, a taxa, que era de 2,7% ao mês, foi para 3,06%. O consignado do INSS é um crédito controlado pelo CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social) e tem regras próprias.

Mão de madeira segura notas de R$ 100, R$ 50 e R$ 20 sobre fundo rosa
Consignado do INSS tem juros maiores desde o início do mês de dezembro - Gabriel Cabral/Folhapress

Pelas normas, o banco pode cobrar os juros definidos por ele, desde que não ultrapassem o limite autorizado por meio de publicação do governo. Ainda é possível conseguir o crédito mais barato, dependendo da instituição bancária.

A pedido da Folha, Wagner Souza, advogado do escritório Roberto de Carvalho Santos Advogados Associados e especialista em cálculos previdenciários, simulou os valores das parcelas para empréstimos consignado que vão de R$ 1.000 a R$ 15 mil.

Os cálculos foram feitos para o empréstimo pessoal, que tem as taxas menores, e para o cartão de crédito, com taxas maiores. Pela regra válida até 31 de dezembro deste ano, o aposentado ou pensionista pode comprometer até 35% do benefício com o empréstimo e até 5% com o cartão de crédito, somando 40% de margem consignável.

Veja as simulações de valores

Empréstimo consignado com os novos juros, de 2,14% ao mês

Valor do empréstimo (em R$) Número de parcelas Prestação (em R$) Total a ser pago (em R$) Valor total dos juros (em R$)
1.000 84 25,75 2.163,00 1.163,00
3.000 84 77,24 6.488,16 3.488,16
5.000 84 128,74 10.814,16 5.814,16
10 mil 84 257,48 21.628,32 11.628,32
15 mil 84 386,22 32.442,48 17.442,48

Empréstimo consignado com os juros antigos, de 1,80% ao mês

Valor do empréstimo (em R$) Número de parcelas Prestação (em R$)

Total a ser pago
(em R$)

Valor total dos juros (em R$)
1.000 84 23,18 1.947,12 947,12
3.000 84 69,54 5.841,36 2.841,36
5.000 84 115,90 9.735,60 4.735,60
10 mil 84 231,80 19.471,20 9.471,20
15 mil 84 347,69 29.205,96 14.205,96

Cartão de crédito com os novos juros, de 3,06% ao mês

Valor do benefício
(em R$)
Número de parcelas Crédito
(em R$)
Prestação
(em R$)
Total pago
(em R$)
Valor dos juros
(em R$)
1.100 32 1.112,28 55 1.760 647,72
2.000 32 2.022,33 100 3.200 1.177,67
3.000 32 3.033,49 150 4.800 1.766,51
4.000 32 4.044,66 200 6.400 2.355,34
5.000 32 5.055,82 250 8.000 2.944,18
6.000 32 6.066,98 300 9.600 3.533,02
6.433,57 32 6.505,42 321,68 10.293,71 3.788,29

Cartão de crédito com os juros antigos, de 2,7% ao mês

Valor do benefício (em R$) Número de parcelas Crédito
(em R$)
Prestação
(em R$)
Total pago
(em R$)
Valor dos juros
(em R$)
1.100,00 32 1.168,59 55 1.760 591,41
2.000,00 32 2.124,71 100 3.200 1.075,29
3.000,00 32 3.187,06 150 4.800 1.612,94
4.000,00 32 4.249,41 200 6.400 2.150,59
5.000,00 32 5.311,76 250 8.000 2.688,24
6.000,00 32 6.374,12 300 9.600 3.225,88
6.433,57 32 6.834,75 321,68 10.293,71 3.458,96

COMO FUNCIONA O CONSIGNADO

O consignado do INSS é controlado pelo CNPS e tem regras próprias. Dentre as normas controladas estão os juros máximos decididos pelo conselho, além da quantidade de meses para pagar e do limite que pode ser emprestado pelo aposentado.

A partir de 2022, as normas devem voltar ao que valiam antes da pandemia e o aposentado ou pensionista poderá comprometer até 35% de sua renda mensal com essas dívidas: 30% para o empréstimo e 5% para o cartão de crédito consignado.

Até dezembro de 2021, o número máximo de parcelas mensais para pagar a dívida segue ampliado de 72 para 84 meses (de seis para sete anos de pagamento). A partir de 2022, volta a ser de 72 meses.

Além de decidir sobre os juros do empréstimo, a reunião do CNPS de novembro, na qual as taxas subiram, definiu que haverá um programa de educação financeira e previdenciária para aposentados, pensionistas e suas famílias custeado pelas instituições bancárias.

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