Descrição de chapéu juros copom

Primeira alta de juros nos EUA pode acontecer em março, diz Bullard, do Fed

Projeções mostram que metade das autoridades do Fed espera que ocorram três aumentos de 0,25 ponto percentual

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Howard Schneider
Washington | Reuters

O Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) pode aumentar a taxa de juros já em março e deve tomar medidas ainda mais agressivas contra a inflação, caso sejam necessárias, após uma redefinição da política monetária no mês passado, disse o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, nesta quinta-feira (6).

O banco central dos EUA concordou no mês passado em encerrar suas compras de ativos em março e preparou o terreno para o início dos aumentos de juros, algo que todos os formuladores de política monetária, até mesmo os mais tolerantes com a inflação, agora consideram apropriado em 2022.

O Fed "está em boa posição para tomar medidas adicionais conforme necessário para controlar a inflação, incluindo permitir o encolhimento passivo do balanço, elevar a taxa básica e ajustar o momento e o ritmo dos aumentos subsequentes dos juros", disse Bullard em comentários preparados para a CFA Society de St. Louis (organização de profissionais de finanças e investimentos).

Sentado e vestindo terno e gravata, James Bullard, do Federal Reserve, dá uma entrevista nos EUA
James Bullard, do Federal Reserve, durante entrevista nos EUA - Lucas Jackson - 26.fev.15/Reuters

Uma elevação inicial dos juros poderia ser aprovada já na reunião de março. "Os aumentos subsequentes das taxas de juros durante 2022 poderiam ser adiantados ou adiados, dependendo da evolução da inflação", afirmou Bullard.

Projeções divulgadas em dezembro mostraram que metade das autoridades do Fed espera que sejam necessários três aumentos de 0,25 ponto percentual cada nos juros neste ano.

A inflação está acima do dobro da meta de taxa de 2% do banco central, e Bullard disse que o "choque" inflacionário que os Estados Unidos sofreram significa que o Fed deve ser capaz de atender a suas metas de inflação por vários anos.

A guinada na política monetária de dezembro ocorreu no momento em que a variante Ômicron do coronavírus estava começando a elevar as taxas de infecção diárias.

Mas Bullard afirmou não achar que a atual onda de casos tirará a economia dos EUA ou o Fed dos trilhos.

As infecções nos Estados Unidos "devem seguir o padrão de onde a variante foi identificada pela primeira vez", na África do Sul, afirmou Bullard, ao citar projeções de que a contagem diária de casos pode atingir o pico no final deste mês.

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