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Desde o início da invasão da Rússia à Ucrânia, várias distribuidoras, produtoras e estúdios de jogos virtuais declararam publicamente seu repúdio à guerra e divulgaram doações e iniciativas para ajudar as vítimas do conflito.
Nos últimos dias, porém, várias dessas empresas foram além e aderiram ao boicote ao mercado russo como forma de pressionar o país a desistir da guerra.
Uma das primeiras grandes empresas a tomar a iniciativa foi a polonesa CD Projekt. Conhecida pela série "The Witcher" e, mais recentemente, pelo jogo "Cyberpunk 2077", a desenvolvedora anunciou no último dia 3 que suspendeu a venda de seus jogos de forma física e virtual na Rússia e em Belarus, que apoia a invasão à Ucrânia. O bloqueio se estende também a todos os títulos da loja virtual GOG.com, do mesmo grupo.
Para a maioria das empresas, multinacionais com ligações estreitas com os Estados Unidos e a União Europeia, não foi difícil decidir que lado tomar no conflito. Mas uma desenvolvedora se viu dividida pela guerra.
A Wargaming, da série "World of War" –cujo jogo de maior sucesso é "World of Tanks"–, foi fundada em 1998, em Minsk. Com o sucesso do jogo, mudou sua sede para o Chipre em 2011, mas manteve seu principal estúdio na capital de Belarus. Na mesma época, a empresa adquiriu estúdios em Kiev, na Ucrânia, e em São Petersburgo, cidade natal de ninguém menos que Vladimir Putin.
Hoje a empresa tem estúdios espalhados pela Europa, Estados Unidos e Austrália, mas mantém ligação próxima com a Rússia e outros países do leste europeu, onde está localizada boa parte dos seus funcionários e consumidores dos seus jogos.
Não por acaso a empresa foi citada nominalmente pelo vice-primeiro-ministro ucraniano, Mykhailo Fedorov, ao lado de gigantes como Eletronic Arts, Ubisoft e Riot, em um tuíte com pedido para que essas companhias fechassem seus escritórios na Rússia.
A Wargaming se viu envolvida no conflito logo nos primeiros dias da invasão, quando Sergey Burkatovskiy, diretor criativo de "World of Tanks", disse em uma mensagem no Facebook, publicada em 24 de fevereiro e depois apagada, que apoiava as Forças Armadas da Rússia.
Dias após a declaração, Burkatovskiy foi demitido. A empresa afirmou ao site PC Gamer que seu agora ex-funcionário "expressou sua opinião pessoal na rede social, que categoricamente não reflete a posição da companhia".
Depois disso, a Wargaming divulgou uma nota em que disse estar totalmente comprometida em ajudar na mudança e proteção de seus mais de 550 funcionários em Kiev e anunciou uma doação de US$ 1 milhão (R$ 5 milhões) à Cruz Vermelha da Ucrânia. Até o momento, no entanto, a empresa não aderiu ao boicote.
Confira as principais empresas que aderiram ao boicote:
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Microsoft: a fabricante dos consoles Xbox interrompeu todas as vendas e serviços prestados à Rússia e diz que ficará atenta às orientações dos governos dos EUA e Reino Unido e da União Europeia sobre indicações de novas sanções.
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Sony: a fabricante dos consoles PlayStation cortou o envio de softwares e hardwares e a operação de sua loja virtual no país. A companhia já tinha adiado o lançamento do jogo "Gran Turismo 7" na Rússia, mas não havia revelado o motivo.
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Nintendo: suspendeu o envio de mercadorias por tempo indeterminado "devido à considerável volatilidade em relação à logística para envio e distribuição de bens físicos". A loja online no país não está aceitando compras devido a problemas para processar pagamentos em rublos.
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Eletronic Arts: a produtora e distribuidora das séries "Fifa" e "The Sims" não vende mais jogos, conteúdo extra e moedas virtuais para o país em lojas físicas e virtuais. Usuários russos, porém, continuarão tendo acesso aos servidores da empresa e poderão continuar jogando seus jogos.
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Epic Games: a dona de "Fortnite" e "Rocket League" suspendeu as vendas, incluindo microtransações, mas também manteve o acesso dos usuários russos a seus servidores. A empresa justificou a iniciativa afirmando que "o mundo livre deve manter todas as linhas de diálogo abertas".
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Take-Two: distribuidora dos jogos da série "Grand Theft Auto" suspendeu a venda e publicidades de seus jogos na Rússia e em Belarus. Segundo o site GamesIndustry.biz, dados da consultoria Newzoo apontam que "Grand Theft Auto 5" é o terceiro título mais jogado na Rússia.
A lista cresce dia a dia e inclui ainda outras grandes empresas como Activision Blizzard ("Call of Duty"), Ubisoft ("Assassin’s Creed"), Bungie ("Destiny") e desenvolvedoras de jogos mobile como Supercell ("Hay Day"), Rovio ("Angry Birds") e Niantic ("Pokémon GO").
Ainda assim, mesmo se o boicote envolver toda a indústria de jogos virtuais, a medida teria um significado mais simbólico do que prático. Segundo o site Gamesindustry.biz, o mercado de videogames movimentou US$ 3,4 bilhões (R$ 17 bilhões) na Rússia em 2021, o que representa apenas cerca de 0,2% do PIB do país.
Update
novidades, lançamentos, negócios e o que mais importa
- A Nintendo anunciou na última quarta (9) que adiou por tempo indeterminado o lançamento de "Advance Wars 1+2: Re-Boot Camp", remake para Switch do título de estratégia com temática bélica lançado para o Game Boy Advance no início dos anos 2000. A empresa disse que tomou a decisão devido aos "recentes acontecimentos mundiais", em clara alusão à guerra na Ucrânia.
- Segundo reportagem da Axios, oito antigas e atuais funcionárias da Sony PlayStation se juntaram a uma ação movida contra a empresa por suposto tratamento sexista no local de trabalho. O processo foi aberto em novembro pela analista de segurança em TI Emma Majo, que afirmou que a empresa tem uma cultura hostil às mulheres. Em sua defesa, a Sony pediu que a ação não fosse aceita por falta de provas.
- A Warner anunciou que "Gotham Knights" será lançado em 25 de outubro. O título é descrito como um RPG de ação em que o jogador poderá explorar Gotham após a morte do Batman como um de seus antigos ajudantes: Robin, Batgirl, Nigthwing e Capuz Vermelho.
- "Guardians of the Galaxy", jogo de ação baseado nos quadrinhos da Marvel, entrou no catálogo do serviço de assinatura Xbox Game Pass. Junto com ele, também estão disponíveis o indie "Kentucky Route Zero", o RPG "Young Souls" e o simulador de cortador de grama (!) "Lawn Mowing Simulator" (apenas no Xbox One).
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dica de game, novo ou antigo, para você testar
Inscryption
(PC)
A princípio "Inscryption" pode parecer apenas um jogo comum de batalha de cartas ao estilo de "Magic: The Gathering", mas ele vai muito além disso. Com um enredo cercado de mistérios, elementos de "escape room" e a capacidade de se reinventar de maneiras inesperadas, esse "roguelike" não para de surpreender o jogador. Mesmo para quem não é muito fã de jogos de cartas, vale a pena experimentar.
Download
games que serão lançados nos próximos dias e promoções que valem a pena
15.mar
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"Grand Theft Auto V": R$ 53,73 (PS 5), R$ 107,45 (Xbox X/S)
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"The Cruel King and the Great Hero": R$ 152,95 (Switch), preço não informado (PS 4)
16.mar
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"Tunic": preço não informado (PC, Xbox One/X/S)
17.mar
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"Persona 4 Arena Ultimax": R$ 159,90 (PC, Switch), preço não informado (PS 4)
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"Shredders": preço não informado* (PC, Xbox X/S)
18.mar
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"Stranger Of Paradise Final Fantasy Origin": R$ 299,90 (PC, PS 4/5, Xbox One/X/S)
*Disponível no Xbox Game Pass
Promoções da semana
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Pequenas desenvolvedoras de jogos lançaram na última semana a "Bundle for Ukraine", uma iniciativa para ajudar as vítimas da guerra na Ucrânia. As empresas fizeram uma coletânea com mais de 500 jogos indies que podem ser adquiridos pelo preço mínimo de US$ 10 (R$ 50), com todo valor pago sendo revertido para instituições de caridade que atuam na Ucrânia. Entre os títulos disponíveis estão pequenas joias como "Celeste", "Baba is You", "Superhot", "CrossCode" e "Skatebird". A promoção vai até a próxima sexta (18).
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Considerado um dos melhores simuladores de construção de cidades da atualidade e sucessor espiritual da série "SimCity", "Cities Skylines" está disponível gratuitamente na Epic Store. A promoção acaba na próxima quinta (17).
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