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WarnerMedia fecha CNN Plus apenas um mês após o lançamento

Aposta do conglomerado no streaming era de US$ 350 milhões

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Anna Gross Anna Nicolaou
Londres e Nova York | Financial Times

A Warner Bros Discovery decidiu fechar a CNN Plus, a aposta de streaming digital de US$ 350 milhões do ex-presidente da rede de notícias Jeff Zucker, apenas um mês após seu lançamento.

Depois de conclui a aquisição da Warner no início deste mês, a equipe do novo presidente-executivo do conglomerado, David Zaslav, analisou os negócios da CNN e se fazia sentido investir em um serviço de streaming para o canal de notícias a cabo, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.

Fotografia mostra uma avenida movimentada; duas pessoas caminham em primeiro plano, em segundo, está um anúncio vermelho em um topo de um prédio com o logo 'CNN plus'
Anúncio da CNN+ em Manhattan, na cidade de Nova York - Spencer Platt/Getty Images/AFP

A velha guarda da Warner, incluindo Zucker e o ex-presidente-executivo da WarnerMedia Jason Kilar, propusera um plano ambicioso de construir um streaming da CNN. Os executivos da CNN correram para lançar o serviço em 29 de março, apenas uma semana antes do fechamento do acordo Warner-Discovery.

A notícia veio no mesmo dia em que a Warner informou que seus lucros operacionais no primeiro trimestre caíram um terço em relação ao ano anterior, para US$ 1,3 bilhão (R$ 6 bilhões), o que a empresa atribuiu ao lançamento da CNN Plus, a investimentos na HBO Max e a menores receitas de publicidade.

A WarnerMedia informou que ganhou mais 3 milhões de assinantes em seu serviço de streaming HBO e HBO Max no primeiro trimestre.

A empresa atraiu mais 4,4 milhões de clientes nos EUA no ano passado, atingindo 48,6 milhões de assinantes. Em comparação, a Netflix tem cerca de 74,6 milhões de assinantes nos EUA e no Canadá.

No início desta semana, a Netflix revelou que sua década de crescimento de assinantes chegou ao fim no primeiro trimestre do ano. Suas ações caíram quase 40% na quarta-feira (20).

Depois de anos menosprezando a concorrência —enquanto HBO, Apple e Disney lançavam novos serviços de streaming—, Reed Hastings, cofundador da Netflix, admitiu esta semana aos investidores que seus novos concorrentes têm "alguns programas e filmes muito bons".

Tradução de Luiz Roberto Mendes Gonçalves

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