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Conselho do FGTS aprova juros menores e renda maior para financiamento imobiliário

Conselho Curador aprova medidas para ampliar crédito e destravar programa Casa Verde Amarela

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Alberto Alerigi Jr.
São Paulo | Reuters

O Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) aprovou, nesta quinta-feira (7), medidas que o setor da construção espera serem capazes de destravar o programa habitacional Casa Verde e Amarela, impactado pela alta de custos e queda da renda de famílias pressionadas pelo aumento da inflação.

Também foi aprovada a redução dos juros para o programa Pró-Cotista, voltado para quem não se enquadra no Casa Verde e Amarela. Segundo o secretário Nacional de Habitação do Ministério do Desenvolvimento Regional, Alfredo Santos, haverá redução até o final do ano da taxa de juros. Para imóveis avaliados em até R$ 350 mil, os juros cairão para 7,66% ao ano. Para imóveis acima deste valor e de até R$ 1,5 milhão, a taxa será de 8,16% ao ano. O programa Pró-Cotista permite financiamentos entre 5 e 20 anos e não tem limite de renda familiar.

A expectativa do setor da construção é que as medidas aprovadas entrem em vigor até 18 de julho.

O presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia de lançamento do programa Casa Verde e Amarela - Pedro Ladeira/Folhapress

Os limites de renda familiar mensal bruta para conseguir financiar um imóvel pelo Casa Verde e Amarela foram ampliados. ​A subfaixa 1, de renda entre R$ 2.400 e R$ 2.600, teve o teto ampliado a R$ 3 mil. A faixa mais baixa de até R$ 2.400 foi mantida.

Acima destes patamares, o conselho aprovou a elevação de valores do grupo intermediário —que subiu de R$ 2.600 a R$ 4 mil para R$ 3 mil a R$ 4.400— e do grupo de renda maior, que passou de R$ 4 mil a R$ 7 mil para R$ 4.400 a R$ 8 mil.

A reunião do conselho ocorreu mais cedo. No final da sessão, as ações das construtoras encerraram em forte alta. MRV subiu 6,42%, Tenda saltou 11,69%, Plano&Plano valorizou-se 6,37% e Direcional ganhou 4,43%.

"As medidas representam avanços para melhorar a condição de quem produz (construtoras) e manter a condição de compra do cidadão brasileiro que quer adquirir seu imóvel", afirmou Santos, durante apresentação online promovida pela Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).

O presidente da Cbic, José Carlos Martins, afirmou que as medidas "são excelentes e ajudam bastante".

Santos disse que as medidas representam uma ampliação de até R$ 19 mil na capacidade de financiamento das famílias e que as reduções nas taxas de juros serão de 0,75% e 1,16% nas faixas do Casa Verde e Amarela. Segundo o secretário, 31% da carteira do programa será beneficiada com a redução dos juros.

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