Descrição de chapéu petrobras

Passagem aérea vai subir mais após Petrobras reajustar combustível de avião, dizem empresas

QAV acumula alta de 70,6% neste ano; item responde por mais de um terço dos custos das companhias

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São Paulo

As passagens aéreas terão novo aumento nos próximos dias, de acordo com as empresas do setor. A Petrobras anunciou nesta terça (5) mais um reajuste, de 3,9%, no preço médio do combustível de aviação em 15 refinarias.

Também conhecido pela sigla QAV-1, o combustível é utilizado em aviões e helicópteros e responde por um terço dos custos das companhias aéreas.

Com o reajuste desta terça, o item acumula alta 70,6% só em 2022, depois de ter subido 92% em todo o ano passado em relação a 2020.

Avião no Aeroporto Internacional de Boa Vista, capital de Roraima - Nilzete Franco/FolhaBV

"Os preços saíram completamente de controle. De que adianta ter tido o PIS/Cofins sobre o querosene zerado e descer o teto do ICMS em sete ponto se a Petrobras mete 70% de aumento no preço? Isso acaba no preço do bilhete, não tem jeito", afirma Eduardo Sanovicz, presidente da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas).

O preço do QAV no Brasil chega a ser 40% mais caro do que a média global, boa parte por causa da atual política de preços da Petrobras, critica Sanovicz, apontando que a estatal cobra em dólares um insumo com produção nacional superior a 90%.

A Abear afirma que intensificou suas conversas com o governo por uma política pública para reduzir o preço do combustível.

De acordo com os dados mais recentes disponíveis pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a tarifa aérea média real registra alta de 12,6%, na comparação do valor acumulado de janeiro a abril de 2022 (R$ 580,41) com a tarifa aérea média real do ano passado (R$ 515,22).

Em relatório publicado na última sexta-feira (1º), a Anac diz que os principais indicadores do transporte aéreo no mercado doméstico atingiram níveis próximos ao que foi apurado antes do início da pandemia.

Em voos domésticos foram transportados 6,4 milhões de passageiros, uma queda de 10% diante de maio de 2019.

No mercado internacional, foram transportados 1,2 milhão de passageiros, o que representa uma retração de 36,5%.

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