Reforma da Previdência gera mais economia do que prometia, bancões e fintechs no mundo cripto e o que importa no mercado

Leia a edição da newsletter FolhaMercado desta segunda-feira (29)

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Esta é a edição da newsletter FolhaMercado desta segunda-feira (29). Quer recebê-la de segunda a sexta, às 7h, no seu email? Inscreva-se abaixo:


Perto de fazer aniversário de três anos, a reforma da Previdência deve trazer mais economia aos cofres do governo do que fora projetado quando foi aprovada, em 2019.

Em números: a economia de recursos proporcionada entre 2020 e 2022 com a maior despesa do Orçamento deve chegar a R$ 156,1 bilhões.

  • O valor é 78,8% superior ao esperado para o mesmo período quando o texto foi aprovado pelo Congresso —R$ 87,3 bilhões, em número corrigido pela inflação.

A estimativa inédita obtida pela Folha é do consultor legislativo Leonardo Rolim, ex-secretário de Previdência e presidente do INSS no governo Jair Bolsonaro (PL).

Críticas: para entidades que prestam assistência a segurados, porém, a economia vem junto com um cenário de regras excessivamente duras, como o cálculo da pensão por morte, que deixou de pagar o valor integral.

Alívio: cálculos do Tesouro já haviam mostrado que o rombo esperado nas contas públicas tinha diminuído.

  • O déficit, que antes da reforma chegaria a 11,64% do PIB em 2060, alcançaria 8,67% nesse intervalo segundo previsão do ano passado. Em 2022, o buraco esperado foi revisto para 7% do PIB.


Mais sobre contas públicas:

Projeções para PIB de 2023 mostram descolamento prematuro entre mercado e governo.


Criptos atraem fintechs e bancões

Apesar do inverno cripto, como é chamada a queda sustentada das cotações das criptomoedas, bancões, fintechs e corretoras brasileiras têm apostado na oferta de produtos e serviços ligados a esse universo aos seus clientes.

Entenda: Nubank, PicPay, BTG Pactual e XP passaram a oferecer recentemente a possibilidade de compra e venda das criptos mais negociadas, como bitcoin e ethereum. A opção será lançada em setembro pela Genial e também está nos planos do Santander.

  • O Mercado Livre entrou ainda mais nesse universo por meio de sua fintech, o Mercado Pago. Além de oferecer a compra e venda de criptos, lançou sua própria criptomoeda, a MercadoCoin, que vai funcionar como um cashback de compras.

Em números: a aposta das instituições tem tido resposta dos clientes, pelo menos no caso do Nubank.

  • A fintech anunciou no final de julho ter alcançado um milhão de clientes em sua plataforma destinada à compra de bitcoin e ethereum, apenas três semanas após ter disponibilizado a ferramenta.

Sim, mas…Os investidores interessados em estrear nesse mercado precisam ter cuidado e entender que suas cotações são mais voláteis que as dos ativos tradicionais.

  • O especialista em criptos da Nord Research Luiz Pedro Andrade recomenda que a alocação desses ativos em uma carteira não ultrapasse os 2%.

Mais sobre mercado financeiro:


Fobia financeira

Ficar ansioso, sentir dores no corpo ou suar frio só de abrir o app do banco para dar uma olhada no extrato do cartão.

Esses problemas caracterizam a "fobia financeira" e acometem muitas pessoas –cerca de 20% da população britânica, segundo levantamento do psicólogo Brendan Burchell, que criou a expressão.

Entenda: o estudo de Burchell de 2003 diz que a ideia de ter que encarar suas finanças pessoais faz com que essas pessoas sintam um mal-estar emocional e físico, o que inclui irritação, ansiedade, tontura, imobilização (ficar "travado") e ter a impressão de estarem doentes.

  • O psicólogo disse à Folha que o sentimento não atinge só quem está endividado, mas dificulta ainda mais para lidar com as dívidas.

De quatro cartões à casa de R$ 350 mil: veja aqui a história da faxineira que deixou de gastar com supérfluos e conseguiu comprar a casa própria.


O 'verão do descontentamento' no Reino Unido

A inflação e o consequente aumento do custo de vida dos britânicos geraram um movimento de greves no Reino Unido que foi apelidado de "verão do descontentamento" –em alusão às paralisações do "inverno do descontamento" no final da década de 1970.

O que explica: os custos de energia dispararam após a guerra na Ucrânia e têm pressionado a inflação em boa parte da Europa.

  • As estimativas apontam que o preço do gás e da eletricidade para as famílias britânicas será três vezes mais alto neste inverno em relação ao passado.

Em números: a inflação na Inglaterra chegou a 10,1% em julho no acumulado de 12 meses, e a previsão é de que ela deve piorar nos próximos meses. De acordo com o Citi, pode chegar a 18% no ano que vem, a taxa mais alta em quase 50 anos.

Winter is coming: assim como na série "Game of Thrones", o temor acerca da chegada do inverno cresce entre os europeus.

  • É nesse período que a demanda de gás entre as famílias cresce, e a previsão é de que 10% da renda dos britânicos será destinada para pagar as contas de energia.

Até uma campanha de calote foi lançada. Mais de 110 mil pessoas já aderiram ao manifesto online Don't pay ("Não pague"), que convoca os britânicos a boicotar o pagamento das contas de eletricidade a partir de 1º de outubro, dia previsto para o aumento do preço da energia.

Entre os trabalhadores, as greves já atingem o setor ferroviário, as companhias de trem e chegaram aos estivadores do porto de Felixstowe, por onde circula metade do tráfego de contêineres do Reino Unido.

O governo e o parlamento britânico se movimentam.

A partir de outubro, todos os domicílios vão começar a receber descontos em suas contas de energia até somar 400 libras, mas a carestia ainda será um dos principais desafios a serem enfrentados pelo novo primeiro-ministro, que assume no início de setembro.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.