Descrição de chapéu Folha ESG sustentabilidade

Norte e Nordeste puxam sustentabilidade dos estados para baixo

Regiões estão abaixo da média em ranking divulgado pelo CLP

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São Paulo

Os estados brasileiros ainda estão, na média, com nota baixa nos quesitos de sustentabilidade, com uma separação bem clara entre as três regiões mais ricas do país e as duas mais pobres.

De acordo com a 2ª edição do Ranking de Sustentabilidade dos Estados, divulgada pelo CLP (Centro de Liderança Pública) nesta terça-feira (13), a nota média geral da avaliação ESG dessas 27 unidades da federação é de 40,6 (dentro do intervalo de zero a 100). ESG é a sigla em inglês que reúne três dimensões da sustentabilidade: ambiental, social e governança —todas com nota em torno da média.

 Paines solares da usina
Usina solar instalada na Vila Restauração (AC) equipada com 580 painéis fotovoltaicos, baterias de lítio e dois geradores para situações críticas - James Maciel/Energisa

O ranking também considera a nota para os quesitos ODS, sigla que trata dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU (Organização das Nações Unidas). Nesse caso, a nota média é de 53,9.

Todos os estados do Sudeste, Sul e Centro-Oeste possuem notas acima da média tanto em ESG como em ODS. No Norte e Nordeste, todos estão abaixo dessa linha.

O ODS com a maior nota média é Energia Limpa e Acessível (72,1). Mais uma vez, os estados do Norte aparecem nas piores colocações. Os números mostram que o acesso do brasileiro à energia melhorou, mas o custo ainda é um desafio para o país, que enfrentou uma crise de escassez em 2021 e no início de 2022.

O objetivo traçado pela ONU com menor nota entre os estados é Trabalho Decente e
Crescimento Econômico (42,1).

Primeiro colocado, São Paulo alcança nota 90 e 99,7 em ODS e ESG, respectivamente. Puxa a primeira nota para baixo o resultado em Redução da Desigualdade. Por outro lado, o estado tem 100% em sete objetivos, como aqueles ligados a saúde e bem-estar, educação, saneamento, energia e infraestrutura.

Ranking de competitividade

O CLP também divulgou a 11ª edição do ranking de competitividade dos estados. São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Distrito Federal se mantêm nas quatro primeiras posições, como visto nos anos anteriores.

Com o avanço do Rio de Janeiro da 17ª para a 11ª posição de 2021 para 2022, também se consolidou a separação entre Sudeste, Sul e Centro-Oeste à frente, e Norte e Nordeste nas piores posições. O estado foi o que mais avançou neste ano, com melhora em quesitos como eficiência da máquina, segurança pública, solidez fiscal e sustentabilidade ambiental.

O levantamento é elaborado pelo CLP em parceria com a Tendências Consultoria e a Seall, startup de gestão estratégica de impacto socioambiental e econômico.

Também foi divulgado o Prêmio de Excelência e Competitividade, com políticas públicas inspiradoras para outros estados. Entre os destaques estão o programa de créditos de ICMS para incentivar investimentos em telefonia móvel em pequenos municípios de Minas Gerais e o programa de devolução do mesmo imposto para 400 mil famílias de baixa renda por meio de cartão de débito.

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