Descrição de chapéu Mercado imobiliário

Vista do prédio mais alto de São Paulo custa R$ 12 mi; veja fotos

Inaugurado nesta segunda, edifício tem apartamentos, hotel e espaços comerciais; último andar já foi vendido

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São Paulo

A 172 metros de altura, só uma sirene de ambulância é ouvida. No horizonte, o céu azul divide espaço com a densa faixa de poluição. Estamos no topo do Platina 220, na área projetada para ser o heliponto do edifício mais alto de São Paulo.

Entregue nesta segunda (5) com apartamentos de 36 m², quartos de hotel e escritórios no Tatuapé (zona leste), o Platina 220 nasceu para alocar as lajes comerciais de 500 m² instaladas nos últimos 20 andares do edifício.

Adquirir um desses espaços corporativos com vista privilegiada de 360º da capital paulista custa até R$ 11,8 milhões, segundo estimativas da incorporadora. O último andar já foi comprado para se tornar um escritório.

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Vista do último andar do Platina 220, o prédio mais alto de São Paulo, localizado no Tatuapé (zona leste) - Ana Paula Branco

Localizado na rua Bom Sucesso, 220, o projeto foi beneficiado pelo plano diretor, de 2014, para adensamento fora da região central e tem 2 metros a mais de altura do que o Mirante do Vale. Mas comparado ao prédio mais alto do mundo, o Platina 220 é baixinho. O Burj Khalifa, em Dubai, tem 828 metros de altura e 168 andares habitáveis.

O edifício árabe também é de uso comercial e residencial, com apartamentos de três quartos custando mais de R$ 7 milhões.

No seu rival brasileiro, um estúdio está sendo vendido por cerca de R$ 700 mil. A vista da janela dos apartamentos, instalados do 4º ao 11º andar do Platina 220, difere da das lajes comerciais. No apartamento visitado pela reportagem, no 9º andar, a visão é das antigas casas do bairro conhecido como capital da zona leste.

Dos quartos do hotel, localizados do 1º ao 10º andar e com valores de venda entre R$ 435 mil a R$ 1,12 milhão, os hóspedes verão a lateral do Shopping Metrô Tatuapé.

Todos irão compartilhar a mesma área comum, que inclui piscina, academia, bar e restaurante.

A vista do último pavimento deve ficar restrita a eventos. Projetado para receber helicópteros, o espaço ainda depende de burocracias para funcionar.

Na última quinta-feira (1º), o local recebeu um telescópio para convidados selecionados olharem as estrelas mais de perto. Ali também houve uma queima de fogos, celebrando a finalização do projeto.

Raio-X do Platina 220

  • Localização: ao lado do Shopping Metrô Tatuapé, próximo às avenidas Salim Farah Maluf e Radial Leste e a 20 minutos do Aeroporto Internacional de Guarulhos
  • Altura: 172 metros
  • Número de pavimentos: 50
  • Andares: 46
  • Área construída: 59.233 m²
  • Terreno: 6.396 m²
  • 19 lojas no piso térreo
  • 190 quartos de hotel
  • 80 apartamentos
  • Construção: 3,9 milhões de toneladas de aço e mais de 32 mil m³ de concreto
Uso Andar Área Valor
Residencial 4º ao 11º andar 35,53 a 36,77 m² De R$ 689.236,90 a R$ 707.883,35
Hotel 1º ao 10º andar 19,15 a 49,62 m² De R$ 434.978,65 a R$ 1.127.260,86
Comercial 15º ao 17º andar 40,29 a 46,02 m² De R$ 778.896,28 a R$ 883.670,05
Corporativo 25º ao 46º andar 250 a 500 m² De R$ 5.875.000,00 a R$ 11.750.000,00

Eixo Platina

O prédio de torre única projetado pelo escritório de arquitetura Königsberger Vannucchi é parte de um empreendimento que foca os quase 5 milhões de moradores da zona leste.

A primeira fase do projeto, chamado de Eixo Platina, tem outros cinco empreendimentos ao longo de três estações de metrô: Carrão, Tatuapé e Belém. Todos terão fachada ativa, ou seja, destinada ao comércio com entrada e frente para a rua.

A Porte Engenharia, construtora responsável pelo eixo, estima que os empreendimentos somem 390 mil m² entre lajes comerciais, áreas residenciais e espaços culturais.

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