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Petrobras deve ter dividendos acima de US$ 6 bilhões no 3º tri, dizem analistas

Produção de petróleo e gás da estatal caiu 6,6% no terceiro trimestre

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Rio de Janeiro

A Petrobras deverá apresentar resultado sólido e dividendos acima de US$ 6 bilhões (R$ 31 bilhões) no terceiro trimestre, apesar de um recuo do preço do petróleo Brent no período e de um acúmulo de estoques pela empresa, afirmaram analistas de mercado.

O Brent caiu cerca de 12% entre julho e setembro, ante o patamar do trimestre anterior, mas analistas acreditam que a empresa manterá uma forte geração de caixa.

Logo da Petrobras na fachada da sede da empresa - Sergio Moraes/Reuters

"Os preços mais baixos do petróleo devem afetar o Ebitda, mas os investidores ainda devem esperar uma exibição sólida do que se tornou uma máquina de geração de caixa", disseram analistas do BTG Pactual em relatório a clientes.

O banco calcula que a Petrobras anuncie um dividendo de US$ 6,5 bilhões, considerando que ela fique com uma alavancagem de 1 vez a dívida líquida sobre Ebitda.

A empresa publicou na véspera produção total de petróleo e gás de 2,644 milhões de barris de óleo equivalente ao dia no terceiro trimestre, queda de 6,6% versus um ano antes e recuo de 0,3% ante o trimestre anterior, resultados já publicados anteriormente pela reguladora ANP.

Analistas do Credit Suisse afirmaram ter feito uma leitura dos números "marginalmente negativa" para o terceiro trimestre, devido a um acúmulo de estoques, mas que ainda assim os resultados deverão ser "sólidos".

"A produção e as vendas implicaram em um acúmulo de estoque de cerca de 98 mil bpd no trimestre – ou seja, a Petrobras produziu (e importou) mais volumes do que vendeu (incluindo exportações) no trimestre. Os principais fatores do resultado foram maiores importações de diesel e menores exportações de petróleo", disseram os analistas do banco.

Os analistas do Credit Suisse projetaram um Ebitda de US$ 17,5 bilhões para a Petrobras no terceiro trimestre, o que seria uma alta de 46% ante um ano antes e uma queda de 13% na comparação com o segundo trimestre, diante dos preços mais baixos do petróleo.

"Os resultados provavelmente não serão tão empolgantes quanto no segundo trimestre, quando a Petrobras pagou dividendos extraordinários, mas ainda vemos uma geração sólida de fluxo de caixa livre de cerca de US$ 9 bilhões no trimestre. Isso deve levar a dividendos de US$ 6 bilhões a US$ 9 bilhões no terceiro trimestre, em nossa opinião", disse o Credit.

A XP foi na mesma linha e afirmou esperar "mais um trimestre sólido de geração de caixa", com um Ebitda de 17,6 bilhões de dólares e dividendos de 6 bilhões de dólares.

CAUTELA DIANTE DE ELEIÇÕES

Apesar do cenário positivo, analistas veem papéis da petroleira com cautela, devido à proximidade com o segundo turno das eleições presidenciais no Brasil.

"Com menos de cinco pregões até o segundo turno da eleição presidencial, acreditamos que a volatilidade persistirá e vemos poucas razões para aumentar a exposição à tese da Petrobras agora", afirmou o BTG.

Analistas do Credit Suisse cortaram a recomendação das ações da Petrobras para "neutral" na semana passada, argumentando que preferem reduzir sua exposição em meio à volatilidade trazida pela corrida eleitoral.

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