Descrição de chapéu transição de governo

Grupo de Cidades na transição tem França e Campos indicados

Segundo ex-ministro Aloizio Mercadante, nomes de todos os grupos devem ser anunciados até quinta

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Brasília

O ex-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), afirmou nesta quarta-feira (9) que foi indicado pela legenda para compor o grupo técnico da área de Cidades na equipe de transição do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Na transição, nosso partido indicou a mim e ao João Campos [prefeito do Recife] para ocupar um espaço de coordenação na área de Cidades. Porque fui prefeito e porque ele é prefeito da maior cidade do país governado por nós", afirmou França após encontro com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin em um hotel em Brasília.

O objetivo do partido foi contemplar dois estados em que o PSB tem força. França também é cotado para ocupar algum ministério de Lula. São citadas como opções, além de Cidades, a pasta de Ciência e Tecnologia; e Desenvolvimento Indústria e Comércio.

Márcio França (PSB) teve nome indicado para fazer parte da transição de governo - Bruno Santos/ Folhapress

França disse não saber quando seu nome será anunciado. "Não sei qual vai ser a sequência dele [do vice-presidente Geraldo Alckmin], mas dia ou menos dia fará isso [anúncio]", disse.

De acordo com o ex-ministro Aloizio Mercadante, responsável pela coordenação de grupos técnicos, os nomes de todos os integrantes dos grupos devem ser anunciados até quinta-feira (10).

"O papel dos grupos é fazer um diagnóstico detalhado de cada um dos ministérios. Saber como é que está a situação orçamentária, estrutura administrativa, as carências e discutir as prioridades do programa para o início do próximo governo. Então, é isso que nós esperamos e eu imagino que entre hoje [quarta] e amanhã [quinta] a gente já anuncie praticamente todos os grupos", afirmou.

O senador Humberto Costa (PT-PE), que será um dos coordenadores da área da saúde, afirmou ao chegar ao CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) —onde serão concentrados os trabalhos da transição— que uma reunião da coordenação geral com todos os grupos setoriais deverá ser realizada ainda nesta semana. Na ocasião, as primeiras diretrizes serão transmitidas para que cada grupo comece a trabalhar em seus programas.

Segundo França, as áreas da Defesa, Meio Ambiente e Cultura são os próximos focos do governo de transição. "Economia deu uma caminhada, agora vamos para Defesa, Meio Ambiente, Cultura", afirmou.

Pelo PSB, também integrarão a transição o presidente da legenda, Carlos Siqueira, e o ex-deputado Floriano Pesaro —nome de confiança de Alckmin, ele será responsável pela coordenação executiva.

O grupo de transição é formado por 50 pessoas que serão nomeadas em cargo comissionado e mais uma série de colaboradores.

Na terça-feira (8), Alckmin assinou a portaria que instituiu o gabinete de transição do governo, listando os 31 grupos técnicos temáticos.

O vice eleito também confirmou os coordenadores do grupo técnico da economia: Persio Arida, André Lara Resende, Nelson Barbosa e Guilherme Mello.

No grupo, Lula optou por uma divisão da área entre dois economistas com passagens pelo mercado e histórico liberal (Arida e Resende, embora as ideias do último tenham provocado reações entre colegas nos últimos anos) e dois representantes diretos do partido (Barbosa e Mello), que defendem a flexibilização de certas regras, como o teto de gastos, para atender principalmente a demandas sociais.

Para o ex-governador paulista, uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) é o caminho mais "fácil" para encaminhar a solução para o Orçamento de 2023. Um dos principais problemas é a ausência de recursos suficientes para bancar o benefício mínimo de R$ 600 do Auxílio Brasil —que deve voltar a se chamar Bolsa Família.

No entanto, vê a medida como uma regra de exceção, que deveria ser temporária.

"Pelo menos no primeiro momento, é mais fácil. O que não podemos fazer é ter essa regra sempre, essa é uma regra de exceção, como foi feita no último ano do governo, é natural que se faça no começo do governo também. A gente tem de usá-la excepcionalmente", disse.

"A partir de 2024, tem de estar encaixado no Orçamento", acrescentou.

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