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Perícia para apurar fraude

A Justiça de São Paulo acatou o pedido do Bradesco e autorizou que peritos façam busca e apreensão nos computadores da Americanas para obtenção de provas e atestar se houve fraude na gestão da varejista.

  • Outros bancos, como Safra e Santander, também entraram com ações com esse objetivo e aguardam decisão.

A estratégia: as instituições financeiras buscam por fraudes na gestão da Americanas para tentar na Justiça que as dívidas da varejista sejam pagas pelo patrimônio pessoal do trio de bilionários Lemann, Telles e Sicupira, acionistas de referência da varejista e que travam um embate público com os bancos.

  • A aposta é na desconsideração da personalidade jurídica —mecanismo excepcional, previsto em lei, que consiste em ignorar a autonomia patrimonial da empresa, em caso de condutas abusivas ou fraudulentas, para que seus acionistas paguem por prejuízos com os próprios bens.
  • A mesma tática é utilizada pelas centrais sindicais, que ajuizaram uma ação civil pública pedindo o bloqueio de R$ 1,53 bilhão da conta pessoal do trio para garantir que as ações trabalhistas contra a varejista serão pagas.

Outro lado: o trio de bilionários afirmou recentemente desconhecimento das falhas contábeis e se disseram vítimas, como os demais acionistas e credores.


Entenda a briga entre bancos e bilionários

  • Quando as "inconsistências" de R$ 20 bi vieram à tona, os bancos pressionaram os acionistas de referência para que colocassem do bolso pelo menos R$ 15 bilhões para tirar a companhia do sufoco, mas eles acenaram com uma quantia de cerca de R$ 6 bilhões.
  • Durante a negociação, as instituições foram pegas de surpresa com uma liminar que a varejista conseguiu na Justiça. Na prática, a decisão adiantava os efeitos da recuperação judicial e impedia os bancos de bloquearem seus ativos.
  • Os bancos viram no documento uma tentativa de incluí-los como corresponsáveis nas práticas contábeis irregulares da companhia.

Opinião: Rombo das Americanas ainda é incalculável e trabalhador vai pagar a conta, escreve o colunista Vinicius Torres Freire.


BuzzFeed + ChatGPT

As ações do BuzzFeed dispararam 120% nesta quinta depois que o Wall Street Journal publicou que a empresa passará a utilizar o ChatGPT para personalizar seu conteúdo.

Entenda: a ferramenta de IA (inteligência artificial) seria utilizada para aprimorar os característicos quizzes do site, gerando um novo resultado a partir das respostas de cada usuário, disse o CEO Jonah Peretti, em comunicado aos funcionários.

  • Ele também afirmou esperar que a IA auxilie o processo criativo, e não substitua o papel dos funcionários, que terão a função de fornecer ideias e sugestões à plataforma. A BuzzFeed anunciou no mês passado que vai cortar cerca de 12% de seus trabalhadores.

Em números: apesar de ter mais que dobrado seu valor em um dia, as ações da BuzzFeed ainda acumulam queda de mais de 70% desde que a companhia estreou na Bolsa, no fim de 2021.

Ainda segundo o WSJ, a empresa fechou um acordo no ano passado com a Meta de US$ 10 milhões para trazer mais criadores de conteúdo para o Facebook e Instagram.


Dê uma pausa

A série sobre o criador da maior pirâmide financeira da história, Bernie Madoff, estreou neste mês na Netflix e expôs os detalhes de um esquema que durou décadas.

Para quem curtiu a trama, selecionamos outros seriados que contam a história de pessoas e empresas que enriqueceram por meio de golpes ou fraudes financeiras.

  • Inventando Anna: Anna Delvey passou a perna na alta sociedade de Nova York se apresentando como uma herdeira de uma família alemã. Sua história é contada em série de nove episódios na Netflix.
  • Bad Boys e Bilionários - Índia: série documental mostra como magnatas indianos corromperam instituições para formar seus impérios e como eles foram derrubados pelos mesmos motivos. Disponível na Netflix.

Bônus - longas:

  • "O Escândalo da Wirecard": a fintech que chegou a valer 24 bilhões de euros e virou queridinha do mercado alemão foi à falência após uma sequência de fraudes. Documentário da Netflix.
  • O Lobo de Wall Street: a história de Jordan Belfort, que vendia ações sem valor a investidores de varejo na Stratton Oakmont, corretora que dirigiu na década de 1990. Disponível no HBO Max.
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