Tarcísio diz que avalia plano B para privatização do Porto de Santos

Governador de São Paulo afirma que insistirá na concessão mesmo com oposição do governo federal

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Aluísio Alves
São Paulo | Reuters

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou nesta segunda-feira (2) que defenderá a privatização do Porto de Santos apesar da oposição do governo federal e considera um plano B para a concessão.

"Vou insistir na privatização do Porto de Santos", disse Tarcísio a jornalistas após reunião com secretários no Palácio dos Bandeirantes, afirmando que considera o potencial de atração de investimentos da concessão, estimado em cerca de R$ 20 bilhões. "Mas vamos considerar um plano B", acrescentou, sem dar mais detalhes, caso não haja acordo com o governo federal.

Como ministro da Infraestrutura do governo do presidente Jair Bolsonaro, Tarcísio tinha a privatização do porto no litoral paulista, o maior da América Latina, como um de seus principais projetos.

Tarcísio de Freitas toma posse como governador de SP
Tarcísio de Freitas (Republicanos) toma posse como governador de SP - Zanone Fraissat/Folhapress

O andamento do processo está parado no TCU (Tribunal de Contas de União), cujo aval é necessário para seguir adiante, já que trata-se de um ativo federal. Diferentemente do governo Bolsonaro, no entanto, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tomou posse na véspera, tem sinalizado ser contrário à privatização.

O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, disse nesta segunda em Brasília que a autoridade portuária não será privatizada. "Não há problemas de privatizar os terminais, a gente gostaria que os terminais fossem privatizados, mas a autoridade portuária nós não vamos privatizar", afirmou.

O governador, que assumiu o cargo na véspera, reafirmou também a intenção de privatizar a companhia de saneamento básico do estado, a Sabesp, e adiantou que considera bom o modelo feito com a Eletrobras, que foi privatizada no ano passado pelo governo federal por meio de uma oferta de ações que diluiu o controle da companhia em bolsa.

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