Tebet diz que Planejamento terá metade das secretarias chefiada por mulheres

Ministra prometeu anunciar equipe até o final desta semana

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Brasília

A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), afirmou nesta terça-feira (10) que vai indicar mulheres para chefiar duas das quatro secretarias da pasta e que deve fazer o anúncio até o final desta semana.

"[Serão] dois homens e duas mulheres. Pelo menos a cota de gênero eu consegui alcançar", afirmou a jornalistas durante a sessão do Senado que aprovou o decreto de intervenção federal no Distrito Federal.

Simone Tebet durante cerimônia de posse no Ministério do Planejamento - Pedro Ladeira -5.jan.2023/Folhapress


Na semana passada, a ministra disse que gostaria de montar um ministério com diversidade, mas que estava "difícil" levar mulheres pretas para a equipe. Tebet disse que a maioria delas sustenta a família e que os salários da pasta não são tão atrativos.

Perguntada nesta terça-feira se teria mulheres negras na equipe, a senadora afirmou que estava "costurando" com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), o nome de uma servidora da Casa.

"[Deve ter] uma [mulher preta], que eu estou tirando daqui [do Senado]. Vim falar com o presidente [Rodrigo Pacheco] agora. Mas ainda estou costurando. Quero negras e negros", afirmou.

A economista e diretora da IFI (Instituição Fiscal Independente do Senado Federal), Vilma da Conceição Pinto, foi uma das primeiras pessoas a ser procurada por Tebet durante a montagem do ministério.

Afastada do mandato no Senado desde que assumiu o Ministério do Planejamento, Tebet afirmou que decidiu acompanhar a sessão desta terça –a primeira após a invasão às sedes dos Três Poderes– como cidadã.

"Vamos fazer do limão uma limonada para mostrar que o centro democrático, a frente ampla está com o presidente Lula no fortalecimento da democracia. E vamos, obviamente, contar essa história. Essa história não vai ser esquecida, para jamais ser repetida", disse.

Retrato de Renan Calheiros destruído por vândalos durante invasão; outros quatro, na parede, também foram danificados - Ranier Bragon -9.jan.2022/Folhapress


Tebet lamentou o ataque feito por vândalos à pintura que retrata o pai dela, Ramez Tebet. O quadro estava na galeria de ex-presidentes do Senado e foi um dos cinco atacados pelos bolsonaristas, junto a dois do ex-presidente José Sarney e a dois do senador Renan Calheiros (MDB-AL).

"No caso do meu pai eu lamento porque eu tenho certeza, pela história dele, que ele sofreu a punição por minha causa. Tenho certeza que essa foi uma referência a mim. Mas tenho também certeza de que ele está muito orgulhoso de eu ter escolhido o lado certo da história", disse Tebet.

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