O SVR (Sistema de Valores a Receber) do Banco Central atendeu 1,6 milhão de cidadãos nesta terça-feira (7), primeiro dia de liberação do dinheiro esquecido em bancos e financeiras. Ao todo, foram resgatados R$ 62,1 milhões. O maior valor recebido por uma pessoa física foi de R$ 133 mil.
Do total, 1 milhão de pessoas informaram a chave Pix para ter depósito do dinheiro diretamente em suas contas. O restante terá os valores por DOC (Documento de Ordem de Crédito) ou TED (Transferência Eletrônica Disponível) ou a combinar outra forma de pagamento com a instituição devedora.
A fila de espera chegou a 300 mil pessoas após a abertura do sistema, às 10h, e caiu para 60 mil à tarde, após as 16h. No início do dia, a espera chegava a duas horas. Depois, o sistema informava que resgate poderia ser feito após três minutos.
"Após picos esperados de procura durante as primeiras horas, o tempo médio em fila foi rapidamente sendo reduzido até chegar a zero, por volta das 17h15", informou o BC.
Na segunda rodada de liberações, serão liberados mais de R$ 6 bilhões a 40,9 milhões de cidadãos, incluindo o pagamento para herdeiros. O pedido para reaver o dinheiro esquecido em bancos e financeiras é feito no site valoresareceber.bcb.gov.br, do Banco Central. Antes, porém, é preciso consultar se há algo a receber.
Pela manhã, quem tentou acessar o sistema encontrou mensagem pedindo para voltar em outro momento, pois já havia um grande número de pessoas aguardando.
Diferentemente do que ocorreu no ano passado, quando havia um calendário de pagamentos, o resgate do dinheiro esquecido poderá ser feito a qualquer hora. É preciso ter conta Gov.br nível prata ou ouro para fazer a solicitação de pagamento ao banco ou à instituição financeira onde o valor está.
O pagamento poderá ser feito por Pix, DOC (Documento de Ordem de Crédito) ou TED (Transferência Eletrônica Disponível). Quem tem Pix recebe mais rápido.
O prazo de recebimento é de até 12 dias úteis para quem fornecer chave Pix. Quem optar por outras formas de pagamento poderá ter de esperar um pouco mais.
O Banco Central afirmou que é comum sistemas que recebem grande quantidade de pessoas em curto espaço de tempo contarem com a espera. Em nota, o banco diz ainda que está adequando o cálculo do tempo de espera e acredita que a fila diminuirá com o passar do tempo e a queda da demanda.
"O BC tranquiliza os cidadãos de que os recursos permanecerão a sua disposição pelo tempo que for necessário e que todos serão atendidos o mais rapidamente possível, sem necessidade de agendamento de horário certo como na primeira fase, em 2022", diz.
QUEM PODE TER DINHEIRO ESQUECIDO EM BANCOS E FINANCEIRAS?
Qualquer pessoa física ou jurídica que teve relacionamento com bancos ou financeiras em algum momento poderá ter direito aos valores a receber.
DE ONDE VÊM OS VALORES DO SVR?
O dinheiro a ser devolvido pelas instituições é referente a:
- Contas corrente ou poupança encerradas com saldo disponível
- Cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito
- Recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados
- Tarifas cobradas indevidamente
- Parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas
- Contas de pagamento pré ou pós-pagas encerradas com saldo disponível
- Contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas com saldo disponível
- Outros recursos disponíveis nas instituições para devolução
COMO PEDIR O DINHEIRO NO SVR
- Acesse o site valoresareceber.bcb.gov.br e clique em "Sistema de Valores a Receber"
- Informe os dados solicitados pelo sistema, que são CPF e data de nascimento, para pessoa física, ou CNPJ e data de abertura da empresa, para pessoas jurídicas
- Vá em "Consultar"
- Depois, clique em "Acessar SVR"
- Se houver muitos acessos, o usuário vai entrar em uma fila virtual; o sistema informará em qual posição o cidadão está
- Em seguida, informe o seu CPF e a senha Gov.br prata ou ouro
- Na página seguinte, se o dinheiro a ser sacado for seu, escolha "Meus valores a receber"; caso seja de alguém que já morreu vá em "Valores de pessoas falecidas"
- Aceite o "Termo de ciência" e vá em "Confirmar"
- Na próxima tela, aparecerão as seguintes informações: quanto há para receber, nome e demais dados do banco ou da financeira que vai pagar, origem do dinheiro e informações adicionais, se for o caso
- Se o sistema indicar a opção "Solicitar por aqui", será preciso selecionar uma de suas chaves Pix e informar os dados pessoais (guarde o número do protocolo)
- Caso o sistema ofereça a opção "Solicitar por aqui", mas não apresente a possibilidade de informar a chave Pix, entre em contato com a instituição financeira pelo telefone ou pelo email informado para combinar a forma de devolução
COMO HERDEIROS PODEM RESGATAR O DINHEIRO ESQUECIDO
- Acesse o site valoresareceber.bcb.gov.br e clique em "Sistema de Valores a Receber"
- Informe os dados solicitados pelo sistema, que são o CPF e a data de nascimento da pessoa que morreu
- Vá em "Consultar"
- Depois, clique em "Acessar SVR"
- Se houver muitos acessos, o usuário vai entrar em uma fila virtual; o sistema informará em qual posição o cidadão está
- Em seguida, informe o seu CPF e a senha Gov.br prata ou ouro
- Na página seguinte, escolha "Valores de pessoa falecida"
- Aceite o "Termo de responsabilidade de acesso a dados de terceiros" e vá em "Confirmar"
- Informe o CPF e a data de nascimento da pessoa que já morreu
- Caso haja valores a receber, aparecerão todas as informações do dinheiro a ser devolvido em nome da pessoa que morreu, por faixa de valor, além de banco ou instituição financeira onde o montante está e informações para que o cidadão faça o contato com a instituição e solicite o resgate
- Será possível compartilhar, imprimir ou salvar a tela, mas é possível solicitar o valor por meio do SVR, informando chave Pix, como ocorre com quem tem dinheiro próprio para sacar
CONSULTAS PASSAM DE 23 MILHÕES EM MENOS DE UMA SEMANA
Até segunda-feira (6), balanço do Banco Central mostra que 23,8 milhões de pessoas físicas e jurídicas acessaram o sistema para consultar se tinham dinheiro esquecido em bancos e financeiras. Do total, 6,9 milhões de consultas têm algum valor e 16,8 consultas foram negativas.
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