Volkswagen divulga resultados e anuncia investimento global de 180 bi de euros

Foco está nas regiões mais rentáveis para o grupo, como China e EUA; Brasil deverá ter solução simultânea, diz CEO

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Berlim

O grupo Volkswagen fechou 2022 com 8,5 milhões de automóveis vendidos no mundo. A conta inclui modelos das marcas VW, Audi, Porsche, Lamborghini, Bentley, Skoda, Seat e Cupra.

O resultado foi divulgado nesta terça (14) e representa uma queda de 1% nos licenciamentos globais da empresa, com impactos mais percebidos entre os veículos de entrada.

Já os segmentos de carros esportivos e de luxo registraram números melhores, com destaque para a Porsche. Com isso, a receita líquida de vendas chegou a 279 bilhões de euros (R$ 1,4 trilhão), um crescimento de 12% em relação a 2021. O lucro operacional atingiu 22,5 bilhões de euros (R$ 117,8 bilhões), alta de 13%, com margem média de 15%.

Uma van ID Buzz da Volkswagen é exibida durante a coletiva de imprensa anual da empresa para apresentar o relatório de negócios, em Berlim - John MacDougall - AFP

Arno Antlitz, CFO do Volkswagen Group, disse que o resultado foi robusto, apesar de todos os problemas de fornecimento e logística que ainda afetaram a empresa ao longo de 2022. O executivo afirmou que os investimentos em eletrificação e digitalização da companhia irão continuar.

As vendas de carros elétricos do grupo tiveram alta de 26% no ano passado em relação a 2021. Novos modelos serão lançados até o fim do ano, e o Brasil deve receber carros que não consomem combustível da marca Volkswagen.

Os primeiros deverão ser o hatch ID3 e o SUV ID4. Na sequência virá a ID Buzz, a Kombi elétrica.

O grupo anunciou ainda um investimento global de 180 bilhões de euros (R$ 943 bilhões) entre 2023 e 2027. Esse valor será direcionado para os principais mercados em que a empresa atua, com destaque para China e Estados Unidos. Brasil e demais países da América do Sul não foram mencionados durante a apresentação feita por Oliver Blume, CEO do Volkswagen Group.

Perguntado pela Folha sobre se a região seria a incluída nessa nova rodada de aportes, Blume respondeu apenas "sim". Em seguida, explicou que mercados como Brasil e Índia precisam desenvolver soluções simultâneas que colaborem para a descarbonização.

A Volkswagen do Brasil tem tentado emplacar os carros flex no mercado indiano, processo que teve início há dois anos.

Há um plano específico para a América do Sul que teve início em 2022 e irá até 2026. Nesse período, estão sendo investidos R$ 7 bilhões no lançamento de novos produtos produzidos no Brasil e na Argentina, incluindo a montagem de modelos que combinam eletricidade, etanol e gasolina. Não há, contudo, informações sobre fabricação local de modelos 100% elétricos.

Um dos maiores investimentos do grupo se concentrará no Canadá, onde será construído a primeira gigafábrica de baterias da empresa na América do Norte. A produção está prevista para começar em 2027.

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