A filial francesa da Nestlé vai indenizar dezenas de vítimas no caso das pizzas Buitoni contaminadas pela bactéria E. coli, como parte de um acordo assinado em 31 março —anunciaram as partes nesta segunda-feira (17), sem revelar a quantia a ser paga.
"Com o objetivo de contribuir, em um prazo razoável, para a satisfação das vítimas e de suas famílias, a Nestlé France decidiu se unir a um processo de indenização amigável", disse a companhia.
Duas crianças morreram, e outras dezenas ficaram gravemente doentes, após a ingestão, em 2022, de pizzas da marca Fresh'UP da Buitoni, uma filial da Nestlé.
"Cada uma das pessoas afetadas receberá uma proposta de indenização da Nestlé France, que seguirá uma avaliação médica e que levará em conta, de forma justa, a gravidade dos danos e cada situação", indicou a filial da gigante suíça, número um mundial da indústria agroalimentar.
"Esse processo deve, eventualmente, permitir uma compensação justa aos seus danos", disse em uma declaração separada o advogado Pierre Debuisson, que representa 63 vítimas.
Debuisson processou a Nestlé por "má conduta grave" no tribunal judicial de Nanterre, nos arredores de Paris, e pediu uma indenização de 250 milhões de euros (R$ 1,3 bilhão) para seus clientes.
A companhia não foi acusada até agora, e o grupo afirma que "assumirá plenamente suas responsabilidades", disse a Nestlé à AFP.
Em março, um ano depois do caso, a Nestlé anunciou o fechamento definitivo da fábrica de Caudry, no norte da França, onde as pizzas foram produzidas.
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