A empresa sul-coreana Samsung Electronics anunciou uma queda de 86% em seu lucro líquido no primeiro trimestre, para 1,57 trilhão de wons (US$ 1,17 bilhão), seu pior resultado parcial em 14 anos.

O lucro operacional da empresa, uma das maiores fabricantes mundiais de smartphones e chips de memória, também caiu 95% em relação ao ano anterior.

A empresa atribuiu esse resultado à "desaceleração dos gastos globais do consumidor no ambiente macroeconômico global incerto" e à queda na demanda por chips de memória.

A divisão de chips registrou perdas de 4,58 trilhões de won, a primeira perda operacional desde 2009, quando o mundo emergiu da crise financeira de 2008.

É o terceiro trimestre consecutivo em que a principal subsidiária do gigante conglomerado sul-coreano Samsung registrou um lucro cada vez menor.

As ações da Samsung Electronics fecharam em alta de 0,78% nesta quinta-feira (27).

Os fabricantes de chips coreanos, liderados pela Samsung, registraram lucros recordes nos últimos anos com o aumento dos preços desses dispositivos, mas a desaceleração econômica global afetou fortemente as vendas.

A demanda cresceu durante a pandemia, pois os consumidores compraram novos computadores e smartphones, então os fabricantes aumentaram a produção.

No entanto, os pedidos caíram rapidamente à medida que as restrições relacionadas à pandemia foram suspensas e enfraquecidas ainda mais com a inflação e o aumento das taxas de juros.

Empresa sinaliza recuperação no 2º semestre após prejuízo

A Samsung sinalizou recuperação gradual da unidade de microprocessadores no segundo semestre do ano, depois que a divisão teve prejuízo recorde no primeiro trimestre, devido à fraca demanda por produtos eletrônicos

"Esperamos que os níveis de estoques (de chips) comecem a cair no segundo trimestre", disse Jaejune Kim, vice-presidente executivo de negócios de memória da companhia.

Para o trimestre atual, a companhia espera uma recuperação limitada para os chips de memória, já que as principais empresas de centrais de processamento de dados investiram de forma mais conservadora em servidores.

Com Reuters