Twitter x Substack, startup para autônomos nasce com investimento de R$ 27,5 mi e o que importa no mercado

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Twitter x Substack

O Twitter passou a restringir na última sexta (9) que as newsletters da plataforma Substack fossem compartilhadas na rede social. Neste domingo, o Substack disse que "a supressão das publicações do Substack no Twitter parece ter acabado".

A medida da plataforma de Elon Musk veio dois dias depois de o serviço de newsletters ter anunciado que estava desenvolvendo a Substack Notes, que seria um concorrente do Twitter.

  • Ele permite que os usuários publiquem breves atualizações e que outras pessoas aprovem, repostem ou respondam a elas.

A decisão do Twitter gerou forte reação, inclusive de apoiadores de Elon Musk. Escritores que usam o Twitter e o Substack para distribuir seu trabalho disseram que a ação contradiz suas declarações sobre permitir a liberdade de expressão no Twitter.

Não é a primeira vez que Musk bloqueia o compartilhamento de serviços concorrentes da rede que comprou.

  • Em dezembro, ele suspendeu usuários da rede, incluindo vários jornalistas, por se conectarem ao Mastodon depois que um usuário compartilhou informações públicas sobre a localização do jato particular de Musk.
Logo do Twitter ao lado de foto do bilionário Elon Musk - Dado Ruvic - 27.out.2022/Reuters

A rede ainda se envolveu em outras polêmicas nos últimos dias.

  • Na quarta (5), adicionou um rótulo de "mídia patrocinada pelo estado" para as contas da britânica BBC (British Broadcasting Corporatio) e as americanas VOA (Voice of America) e NPR (National Public Radio).

Opinião: em meio à confusão, aconteceu uma coisa extraordinária no último dia 31 de março, escreve o colunista Ronaldo Lemos. A empresa publicou na íntegra o código do seu algoritmo na internet.


Startup da Semana: Assis

O quadro traz às segundas o raio-x de uma startup que anunciou uma captação recentemente.

A startup: fundada por Raphael Machioni, co-fundador e ex-CEO da Vee Benefícios –empresa que foi vendida para a francesa Swile em 2020–, João Bergamo, ex-CFO da Vee e Vagner Dutra, ex-PicPay, a Assis é uma assistente virtual para trabalhadores autônomos .

Em números: a startup anunciou ter captado R$ 27,5 milhões em sua primeira rodada de investimentos.

Quem investiu: o aporte foi pelos fundos Costanoa, MAYA, Canaan, Norte Ventures, Latitud, FJ Labs, K50, 1616, BFF e investidores anjos.

Que problema resolve: a Assis promete facilitar o dia a dia dos empreendedores autônomos, com um software que auxilia no processo de vendas, incluindo o primeiro contato com o cliente até o dinheiro cair na conta.

  • Uma versão premium do produto inclui a integração do app da Assis ao ChatGPT, que automatiza o primeiro atendimento, ajuda a lembrar o empreendedor das tarefas, a enviar um orçamento e realizar as cobranças.
  • Ela conta com duas formas de monetização: uma através de cobranças pela captura dos pagamentos e outra na forma de assinatura do software.

Por que é destaque: chama atenção o aporte recebido pela startup antes mesmo de disponibilizar seu produto ao mercado.

  • A empresa começou com alguns empreendedores que geraram quase R$1 milhão em cobranças e agora lançou lista de espera para os clientes.

As leis para big techs remunerarem mídia

Leis prevendo a remuneração de conteúdo jornalístico pelo Google e pela Meta se espalham pelo mundo e assustam as plataformas de internet.

O que explica: as medidas são uma reação das empresas de mídia, que afirmam que as plataformas de internet ganham relevância e lucram ao exibir conteúdo jornalístico sem pagar nada por ele e deveriam dividir o resultado com as empresas de mídia.

  • O modelo também é uma tentativa de solucionar a crise de modelo de negócios da imprensa profissional, causada principalmente pela hegemonia das big techs no mercado publicitário.

Em números: na Austrália, país que foi pioneiro no assunto com a lei aprovada em 2021, as empresas jornalísticas faturaram US$ 200 milhões com o código de barganha para veículos de comunicação.

  • No Canadá, as companhias podem receber US$ 245 milhões por ano com a versão da lei em tramitação, segundo estimativa do parlamento do país.

E aqui? Entidades setoriais, como Abert, Aner e ANJ, que representam os principais veículos de mídia, como a Globo e a Folha, querem que o modelo seja incluído no PL 2630, o projeto de lei das fake news, que está em discussão no Congresso.

  • Ele determina que veículos negociem de forma individual ou coletiva (para aumentar o poder de barganha) com as plataformas o pagamento pelo conteúdo jornalístico.

As big techs se opõem ao código de barganha, enquanto os publishers de menor porte também criticam o modelo, dizendo que seus maiores beneficiários seriam os conglomerados de mídia.

  • Rod Sims, ex-presidente da Comissão de Consumo e Concorrência da Austrália e idealizador do modelo, publicou relatório mostrando que quase todos os veículos de mídia habilitados da Austrália fecharam acordos com o Facebook e o Google, inclusive os menores.

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